terça-feira, 12 de maio de 2009

Moon over the Plato's cave (A Lua sobre a caverna de Platão)


Todos nós já passamos por um Solstício da Lua. Onde estávamos quando isso aconteceu é que dá o tom ao acontecido...
Da mesma forma, todos nós já passamos por um Solstício da Lua dentro da nossa caverna de Platão. Quando a Lua nos projeta as sombras das pessoas que nos rodeiam no fundo da caverna, nós desenhamos e descrevemos o que vemos com nossos olhos. E, mais do que isso, nos julgamos.
De uma maneira ou de outra, a necessidade nos faz sair da caverna, e passamos, então, a ser sombras no fundo da caverna dos outros. E, assim como inscrições rupestres, nós passamos a ser imagens idealizadas pelas mentes e olhos - e pré-conceitos - de pessoas que viram apenas sombras. E as imagens são desenhadas enquanto expectativas ou preconceitos...

Dói ser um caricato e dói fazer doer em outro a ausência do que ele esperava em nós. Se serve de consolo, isso é inevitável, pois lutamos contra o medo de conhecer as pessoas, de nos virarmos de frente e encararmos o outro. Nas noites de Solstício da Lua, ainda temos outro medo: nos vermos no espelho do rosto prateado da mãe da noite...

Não nivele por baixo. Não deixe de ter expectativas das sombras do fundo de sua caverna. Não deixe de esperar do outro nada mais do que aquilo que você possa oferecer e, sobretudo, não seja medíocre em seu estilo de vida por uma questão de comodidade. E, como um velho amigo disse, respeite as diferenças. Se a sombra que você viu é menos do que você esperava, ela se deu ao trabalho de adornar o fundo da sua caverna, e algo ela tem de bom, certamente...

E, por fim, saia desse maldito fundo de caverna, de quando em vez, e seja uma sombra...

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