tag:blogger.com,1999:blog-62503466386193555612024-03-05T01:22:49.411-08:00Solstício da LuaO que se vê no espelho de prata...D. Mattienttihttp://www.blogger.com/profile/14491059111620133932noreply@blogger.comBlogger26125tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-21271826852739891872011-08-15T03:59:00.000-07:002011-08-15T04:05:34.068-07:00Pray for my patronum<div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Um amigo me ensinou essa oração, que achei fortíssima, e que compartilho com vocês.</span>
<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Aliás, foi através do ensino dessa oração que começamos a conversar e nos tornamos amigos.</span>
<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Então, em homenagem ao amigo Matheus Gabrich, uma oração ao seu animal guardião.</span>
<br /></div>
<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuaNUWI-4KxbEDURLEVRT2Uj17NqDpIhnkXJstuYpKBVMeTJh_EgIHwPpvILuNKggKyR8-dZBnrS0QuyQBZ0Jgnuk_zpiqRbHS3hu_-09eS355rYyMOlYKbXMPisjqy9ilopARrWP-uISy/s1600/totem.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 193px; height: 294px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuaNUWI-4KxbEDURLEVRT2Uj17NqDpIhnkXJstuYpKBVMeTJh_EgIHwPpvILuNKggKyR8-dZBnrS0QuyQBZ0Jgnuk_zpiqRbHS3hu_-09eS355rYyMOlYKbXMPisjqy9ilopARrWP-uISy/s200/totem.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5641036739471928978" border="0" /></a><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Ancestrais</span>
<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">antigos aliados</span>
<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">aqueles que trazem a memória do tempo</span>
<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">ouçam meu pedido</span>
<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">sintam minha intenção</span>
<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">e estejam comigo</span>
<br />
<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">nas patas do cavalo</span>
<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">nos olhos da coruja</span>
<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">nas asas da águia</span>
<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">nas garras da onça</span>
<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">no bico do gavião</span>
<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">que se acenda em minha alma
<br />a força do meu animal guardião</span>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-82352456492346759382011-07-26T17:38:00.000-07:002011-07-26T18:11:15.286-07:00Realização (Je vous salue, archéologues!)<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglez74IigrIdyis_5hZwDBcli9fCS0soYmwImhHgb4EM4j4mWFFR7LbY6yyzQAJ_fKY_i6BjB3WCUEfaQPuvtIZPeTkJe6etnk0T6Z5-ft4BauyefEJvs0VxeersrL0LFxu6ydO6Ked5T-/s1600/polidor.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglez74IigrIdyis_5hZwDBcli9fCS0soYmwImhHgb4EM4j4mWFFR7LbY6yyzQAJ_fKY_i6BjB3WCUEfaQPuvtIZPeTkJe6etnk0T6Z5-ft4BauyefEJvs0VxeersrL0LFxu6ydO6Ked5T-/s200/polidor.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633831283255096562" border="0" /></a><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-size:78%;" ><span style="font-style: italic;">Créditos da foto: Habitus Consultoria.</span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:verdana;" ><br />A foto acima foi a motivadora da vistoria de hoje: é um polidor pré-histórico. É um local onde são produzidas lâminas de machado polido.</span><span style="color: rgb(204, 204, 204);"> </span><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:verdana;" >Há muitos anos atrás, um cara, como eu e você, se postou frente a essa pedra e passou horas, com a vista do Rio Verde (MS), criando um instrumento. Com este instrumento, ele derrubou árvores e ajudou a dar continuidade à sua civilização. Ele não sabia que se comunicaria comigo através daquele trabalho. Apenas o fez com amor, porque precisava dele para seu povo.</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:verdana;" >Hoje, pessoas como eu o escutam; pessoas como eu dão voz a ele. São chamados arqueólogos. São tipos por vezes estranhos, que ficam longe de casa por tempos e tempos, para escutar o que pessoas desconhecidas tem a dizer. Não é a vida mais fácil do mundo. Mas, certamente, é uma vida extremamente gratificante.</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:verdana;" >A datação deste sítio é de cerca de 900 anos A.P. (Antes do Presente, contado a partir de 1950). O artesão que utilizou este polidor me mandou um presente, mais de um milênio depois de produzi-lo! Hoje, 26 de julho, comemora-se o dia do Arqueólogo. Já havia encontrado lâminas de machado polido, mas nunca havia visto um local onde elas são feitas. Não foi a toa que tive contato com isso hoje.</span><span style="color: rgb(204, 204, 204);"> </span><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:verdana;" ><br /><br />É uma renovação de votos. Eu amo o que eu faço. Tive a bênção de escolher uma profissão que me completa, que me satisfaz, que contribui com minha felicidade, pelo prazer de servir ao meu povo, produzindo conhecimentos, alimentando a história, educando... assim como meu presenteador fez, há mais de 1000 anos atrás, postado frente a esta pedra.</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:verdana;" >Obrigado, meu desconhecido amigo, pelo seu presente! Fez me lembrar porque escolhi trabalhar com vocês há 13 anos!</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:verdana;" >Companheiros de profissão, eu os saúdo com lágrimas de alegria!</span><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-90716778713239137292011-07-18T20:06:00.000-07:002011-07-18T20:31:30.689-07:00Depois de nós<div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Olá, meus caros...</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Mais uma ausência prolongada. Espero, mais uma vez, que me perdoem.</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Muita coisa mudou desde o último post. Há muito a dividir. A Lua anda seguindo suas fases e, mensalmente, ela cresce, se enche, mingua, renova... Estou tentando aprender com ela, mas controlar as fases exige constância, coisa que eu não tenho.</span> <span style="color: rgb(204, 204, 204);">Mas uma descoberta musical recente vem cantar meu momento, e é isso que quero dividir com vocês hoje. A canção chama-se Depois de nós, e diz mais ou menos assim:</span></div> <div style="color: rgb(204, 204, 204); font-style: italic;" id="div_letra"><p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwio2qhadrgl6as89vEmnCWdUogdw_D05AGR55Ed05e7jlA2MiBxBpGxDFFRoRFLTVUAyZfO_p_9oDedPeLO7ToM-G6Slz56vM2d-ziRPRrDUTX9SZyAw-36u6nGMY_Z1y50Ow4nn-3Bzw/s1600/vento+livro.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 199px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwio2qhadrgl6as89vEmnCWdUogdw_D05AGR55Ed05e7jlA2MiBxBpGxDFFRoRFLTVUAyZfO_p_9oDedPeLO7ToM-G6Slz56vM2d-ziRPRrDUTX9SZyAw-36u6nGMY_Z1y50Ow4nn-3Bzw/s200/vento+livro.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5630900442188419810" border="0" /></a></p><p style="text-align: center;">Hoje os ventos do destino<br />Começaram a soprar<br />Nosso tempo de menino<br />Foi ficando para trás<br />Com a força de um moinho<br />Que trabalha devagar<br />Vai buscar o teu caminho<br />Nunca olha para trás</p><div style="text-align: center;"> </div><p style="text-align: center;">Hoje o tempo voa nas asas de um avião<br />Sobrevoa os campos da destruição<br />É um mensageiro das almas dos que virão ao mundo<br />Depois de nós</p><div style="text-align: center;"> </div><p style="text-align: center;">Hoje o céu está pesado<br />Vem chegando temporal<br />Nuvens negras do passado<br />Delirante flor do mal<br />Cometemos o pecado<br />De não saber perdoar<br />Sempre olhando para o mesmo lado<br />Feito estátuas de sal</p><div style="text-align: center;"> </div><p style="text-align: center;">Hoje o tempo escorre dos dedos da nossa mão<br />Ele não devolve o tempo perdido em vão<br />É um mensageiro das almas dos que virão ao mundo<br />Depois de nós</p><div style="text-align: center;"> </div><p style="text-align: center;">Meninos na beira da estrada escrevem mensagens com lápis de luz<br />Serão mensageiros divinos, com suas espadas douradas, azuis<br />Na terra, no alto dos montes, florestas do Norte, cidades do Sul<br />Meninos avistam ao longe<br />A estrela do menino Jesus</p></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxE9vHP2t0Gj_Om9n8IeOgi_1Zf-59vOu5vvlXRerfFcDOOPbaXxXz8nyCCmoyNpsA3AxdgL515q4FclvogUcWUio708VgKIYQ6sSYqpXPfAO7JJ0MpFDSr-D_iUPKk0PZaquEGgMNaKWi/s1600/VENTO1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 191px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxE9vHP2t0Gj_Om9n8IeOgi_1Zf-59vOu5vvlXRerfFcDOOPbaXxXz8nyCCmoyNpsA3AxdgL515q4FclvogUcWUio708VgKIYQ6sSYqpXPfAO7JJ0MpFDSr-D_iUPKk0PZaquEGgMNaKWi/s200/VENTO1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5630900758023897202" border="0" /></a>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-16747640716068008122011-01-30T03:00:00.000-08:002011-01-30T03:33:30.176-08:00Redenção - um conto, várias histórias, nenhuma palavra (até agora)<div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);">Um grande amigo - e primo - têm me pedido para ler as linhas que ele têm escrito. Fico muito lisonjeado em me pedirem opinião de um assunto que tão pouco conheço. Aliás, aprendi recentemente o uso correto do termo "inspiração", e digo que estou inspirado quando escrevo. Isso quer dizer que as palavras não são minhas, e que os louros por elas não podem ser destinados a mim. Um exemplo foi o último post, onde pretendia descrever uma experiência recente e acabei enveredando pelos caminhos da solidão do ser. Eu fui apenas a pena, e ainda não vi qualquer crédito dado a uma Parker 51 (uma famosa caneta tinteiro) pelos documentos políticos que ela auxiliou a assinar. No máximo, estão em destaque num museu de um personagem político importante. Pensando assim, até aspiro a estar num museu algum dia, mas como "caneta" de alguém que imprima seus sentimentos no papel ou na tela de um computador.<br /></div><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><br />Enfim, dizia sobre meu primo, e lhe enviei, em resposta, um conto que escrevi há muito tempo. "Redenção" foi inspirado no conto de ficção científica "A filha de Rappaccini", de Nathaniel Hawthorne, uma história pouco conhecida de todos e, até onde sei, pouco disponibilizada. Àqueles que tiverem a impressão de já haver ouvido falar em Hawthorne, sua obra mais famosa é "A letra escarlate". Gostaria de deixar minha fonte a vocês - o conto de Hawthorne - para que compartilhassem dessa experiência comigo, mas, infelizmente, não encontrei nada digital, exceto essa resenha, a qual segue o link abaixo:<br /><br />http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=cfc&cod=_afilhaderappaccininathanielhawthorne<br /><br />De fato, eu nunca "publiquei" esse conto, ou seja, são pouquíssimas pessoas que sabem de sua existência. Menos, ainda, sabem da experiência que tive relativa a ele.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3tERBb3HH5l6DiUI-_cI26cNWe2XK_ef9AFfM6uhANVDbro7t_MvkiT8N6NsQsOc33hyphenhyphenr0EiRVl_x7jF8XWRyTOEMda0CtFpWACppsWv519mhYr1j1eI64skiRuvgbLjToZdGJSKsUSL6/s1600/MVC-015S.JPG"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3tERBb3HH5l6DiUI-_cI26cNWe2XK_ef9AFfM6uhANVDbro7t_MvkiT8N6NsQsOc33hyphenhyphenr0EiRVl_x7jF8XWRyTOEMda0CtFpWACppsWv519mhYr1j1eI64skiRuvgbLjToZdGJSKsUSL6/s200/MVC-015S.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5567939440965767138" border="0" /></a><br />Não sou de ler muito. Demorei um bom tempo para ler essa coletânea de contos (Imortais - organizada pelo impagável Isaac Asimov). Certa feita, estava em viagem no nordeste do Brasil, e me hospedei num hotel às margens do rio São Francisco. Ao abrir a janela (foto), me deparei com uma linda paisagem, que ficou na memória. Quando, algum tempo depois, reli o conto de Hawthorne, tive a nítida impressão de já ter visto o jardim de Rappaccini, descrito tão habilmente. Foi a primeira vez que minha memória "material" foi acionada por uma imagem criada ficcionalmente, e achei isso fantástico. É por isso que esta história é tão especial para mim.<br /><br />Hoje, ela ganha mais um capítulo, pois estou dividindo com vocês o conto inspirado pela história de Hawthorne. É, infelizmente, um post bem mais longo que os demais, talvez o mais longo já postado nesse blog. Terei de pedir-lhes paciência com minha prolixidade.<br /><br />Com vocês, <span style="font-style: italic; font-weight: bold;">Redenção</span>.<br /><br /><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0in 5.4pt 0in 5.4pt; mso-para-margin:0in; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> </div><p style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Verdana;">_ Restam-lhe poucos minutos, senhor...</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Verdana;"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Um homem corpulento estendia o braço em direção ao barco que aquecia os motores enquanto as grossas cordas que o prendiam ao cais eram recolhidas. Minhas pernas se movimentaram em direção à proa. Minha mente ainda não tinha direção certa.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">A razão desta viagem ainda é incerta. Poder-se-ia dizer irracional. Os poucos que souberam que estava de partida não entendiam minha motivação. Não poderia culpá-los. Eu mesmo ainda não poderia explicar. Como animais que fogem da estação fria, eu fugia de um inverno de sentimentos. Paradoxalmente, eu ia na direção sul. Não haveriam despedidas dessa vez. Nada em terra remetia a algo que se denomina “lar”, exceto uma vaga lembrança, tal ponto escuro numa imensidão azul que surgia da direção da popa enquanto a embarcação ganhava o mar.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Não me dirigia para casa. Era, então, ave de primeira migração... seguia instintos que desconhecia. A mão fatalística do senhor do tempo guiava meus pensamentos.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Um famoso tradutor me disse, sabiamente, que palavras “dizem” certas coisas, mas “significam” outras coisas. Assim, meu bilhete dizia onde deveria desembarcar. Isso não queria dizer que aquele era meu destino. Foi assim que desembarquei na ilha...</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">A maresia castigou meu olfato, que, abençoado pelas fragrâncias da ilha, impeliu os músculos ao movimento. Até aqui, nada pode-se dizer “pensado”. Numa inversão extravagante, o corpo deu vida à alma. Este, ainda, procurou o abrigo de uma estalagem nos alto dos rochedos. Era noite e os olhos deixaram que os outros sentidos trabalhassem.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Pela manhã, a inexplicável sensação de paz causou-me espanto. Como desperto de um sono profundo, fui recobrando gradualmente a memória da viagem do dia anterior, rememorando até o ponto onde estou. Se ainda não achei tudo uma grande loucura, talvez ainda esteja dormindo.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Abri a pesada janela de madeira. Uma fulgura dourada invadiu o quarto. Meio cego, distingui um pátio que antecedia a uma plantação de flores deliciosamente aromáticas. No meio delas, um espectro feminino bailava graciosamente. Quando firmei-lhe a visão, ele desapareceu, aparentemente buscando um abrigo na folhagem.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Tomei o desjejum e me informei de onde essa insólita empreitada trouxera-me. A ilha tinha o estranho nome de <i style="">Pedra Ermitã</i> - tradução direta do dialeto aborígene. Não era grande, e servia de parada às naus que iam na direção sul. Ficava a quase um dia de viagem de qualquer local que se diria civilizado. Alguns empregados informaram-me que, por esse mesmo motivo, fora usada como local de exílio, havendo histórias muito tristes que terminavam na ilha. Os rochedos voltados ao oeste eram conhecidos como <i style="">Tsaawpee</i> (<i style="">Alívio</i>); mas a palavra usada para <i style="">Alívio </i>também poderia ser traduzida como <i style="">Suplício</i>, a depender do que a acompanhava. Isso porque vários exilados tiraram sua vida saltando desta formação. Segundo as lendas, os que mereciam, alcançavam alívio na morte. Outros, porém, iniciavam seu suplício. A atmosfera mística do local me fez concluir que meu “espectro” era apenas mais uma ilusão de óptica. Ainda envergonhado pela louca condição da minha chegada, e procurando não incomodar aqueles que me hospedavam (como mandavam as boas regras de cavalheirismo), não perguntei nada sobre isso.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Passei a explorar a <i style="">Pedra Ermitã</i>. Praias, pequenas furnas, bichos, plantas... tudo parecia tão distante da minha realidade que me fazia sentir como Pólo nas primeiras incursões marítimas! As crianças me acompanhavam; traziam-me conchas do mar, como se desenterrassem tesouros deixados por um corsário. Acostumei-me com os gritos estridentes de “<i style="">mangili</i>, <i style="">mangili</i>” (“<i style="">surpresa</i>” ou “<i style="">surpreso</i>”) como me chamavam. E, como descobridores, brincávamos alegremente durante todo o dia. Os sabores das frutas comidas ainda sobre suas árvores, os pés descalços nos regatos, os micos que saltavam sobre nossos ombros em busca de comida... a ilha respirava, movia-se, ou, ainda, em uma palavra: vivia! Mais do que espécimes e belas paisagens, descobri o que me trouxera àquele local abençoado.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Mas, na quinta noite, a insônia me fez ver que ainda havia um espaço vazio. Vira a vida da ilha. Mas ainda havia a morte, a porção intocada que, como criança que se finge dormir para não ter pesadelos, eu ignorava. Disposto a enfrentar o monstro, levantei-me e me coloquei em marcha na direção oeste.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">A lua cheia facilitava a caminhada, mas a bruma envolvia o percurso ao <i style="">Alívio</i>. O ar frio e rarefeito da madrugada começou a faltar em meus pulmões após horas de marcha. Senti isso quando comecei a ver vultos e sombras, especialmente no alto dos rochedos. Dizem que todo homem sente a morte, assim como sente o amor. E eu, que nunca senti o amor e poucas vezes senti o medo, não saberia definir o que sentira ao chegar ao <i style="">Alívio</i>.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Ao levantar meus olhos, um espectro jazia, inerte, à beira do penhasco, encarando-o. A bruma alva prateou-se, banhada pela argenta luz lunar. Não era um espectro, era o “meu” espectro, o fantasma que vira na manhã subsequente à minha chegada! Via-se, despida do véu, uma figura feminina, de pele clara. Os longos cabelos negros, levemente cacheados, desciam-lhe pelas costas, como regato farto a serpentear pelas pedras. Artemis, mãe da noite, iluminou-lhe a face, que, se mais linda, pertenceria à própria Vênus. Seus olhos eram tão intensos que tentar encontrar-lhes adjetivos seria uma blasfêmia. Pérolas escorriam por eles, e, ao sentir tamanha tristeza, minha razão resolveu despertar-me, momentaneamente, daquele sonho, e concluir que a <i style="">senhora da tristeza</i> se atiraria ao mar abaixo.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ N-não... p-por favor, não faça isso! – balbuciei.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Ela levantou os olhos, assustada. Deu-me as costas e se recompôs das lágrimas. </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Quem és e o que fazes aqui? – perguntou-me uma voz doce, embargada pelo choro, que, assim como o canto das sereias, hipnotizou-me de imediato. Tamanha era minha torpes que só consegui proferir, de imediato, o seguinte:</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Não quero que você morra...</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Minha encantadora deu-me um triste sorriso e caminhou em minha direção. Inerte, nada pude fazer enquanto ela aproximou seus lábios de meus ouvidos a sussurrar:</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Chegaste tarde. Já estou morta.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Seria possível? Estaria eu, mesmo, tendo uma experiência sobrenatural? Como a morte poderia assumir aspecto tão maravilhoso?</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Enigmático, meu fantasma completou:</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ E tu? Vieste me fazer companhia?</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Um <i style="">levante</i> soprou dos rochedos, rasgando a bruma. Meu coração queria saltar do peito. Era momento de voltar a mim, estivesse eu face ao amor ou a morte. Empostei-me, subitamente, virando o rosto para meu algoz, de tal forma que ele se assustou, e disse:</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Senhora, lhe faria companhia onde estivesse, mesmo que em meio às chamas do inferno!</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">O rosto ameaçador da senhora da tristeza tornara-se surpreso. Finalmente reconheci-lhe o olor suave de dama-da-noite. Seus olhos, grandes gemas de ônix, fitaram os meus como a procurar respostas que lhe pareciam insanas.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Não sabes o que pedes, meu senhor... – e virando-se, iniciou um galope assustado, mas ainda assim harmonioso.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Não... – reagi. E com tal palavra, novamente ela tornou-se a estátua de segundos atrás – Não sei de onde vens, não sei o que vieste aqui buscar... sequer sei quem és... é verdade, não sei o que peço. Apenas sei que suplico, insanamente, por algo que sempre procurei. Rogo-te... auxilia-me a entender por que o faço...</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Aproximei-me calmamente. Afastei-lhe a cachoeira negra de cachos que lhe cobria a fronte. Toquei-lhe a pele de veludo branco. Sua respiração era forte. Os olhos enchiam-se de lágrimas, enquanto eu escutava seu sussurro, entrecortado por soluços:</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Eu lhe suplico... meu senhor... não faça isso. Não faça sofrer um coração que já não bate mais... Deixe-me afogar no <i style="">Caronte</i> de minhas amarguras... Afasta-te dos domínios de...</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Eu a seqüestraria dos aposentos de Hades e a traria à vida, se lá estivesse...</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Ali, coberto pelo manto da noite, beijei-lhe. Seus lábios tinham o mais saboroso néctar jamais provado por um ser humano. Nada é tão maravilhosamente doce. E tamanha doçura me fez adormecer em seus quentes e tenros braços...</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p style="text-align: center; color: rgb(204, 204, 204);" class="MsoBodyText"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Wingdings;"><span style="">__________________________________________________________________________________</span></span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Acordei em outro lugar, frio e escuro. O suor escorria em meu rosto. Quando finalmente recobrei a consciência, uma dor indizível invadiu-me todos os ossos. O gosto alcalino em meus lábios deve ser sangue... onde diabos estou? Tentei me mover, mas a dor impediu meu atrevimento. Uma luz... Deus, não consigo manter os olhos abertos... ela me cega! Que suplício!... Atenção! Escuto algo ao longe... o que é?</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ <i style="">Mangili</i>... <i style="">mangili</i>... senhor? Como se sente?</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Era a voz de Gaspar, filho de Hawse, dona da estalagem onde me hospedara. Ele me passou uma toalha úmida sobre a fronte e tornou a chamar-me.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Nathaniel... por Deus, senhor!</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Quando juntava minhas forças para dizer algo, ele se virou. A impressão que tive é que me deixaria sozinho. Afrontando a dor, agarrei-lhe o braço, e ambos gritamos...</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Onde ela está, Gasp...?</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Faltaram-me forças. Quando, novamente, abri os olhos, Hawse me observava com seus olhos matronos. Largou a cestaria que trançava e apanhou um copo de barro. Embebeu um tecido branco no conteúdo e trouxe à minha boca.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Não sei como estamos tendo esta conversa, <i style="">mangili</i>. Quando Gaspar e seus amigos chegaram aqui com o senhor, não lhe dava muito tempo de vida...</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Tentei pronunciar alguma coisa... de fato, a mesma pergunta que tentei fazer a Gaspar. Mas a velha parecia ler meus pensamentos.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ E antes que se esforce inutilmente, não sabemos quem procuras tão veementemente, mesmo em seus pesadelos. Da última vez que a procuraste, no braço de Gaspar, desmaiaste, sem forças. Poderia dizer-me, calmamente, o que aconteceu nos <i style="">Tsaawpee</i>, do oeste?</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Hawse... – disse, tentando organizar as idéias e recobrando um pouco as forças – Perdoe-me os modos.<span style=""> </span>Pouco posso dizer que faça sentido... Vi um fantasma, uma mulher, com o olor do orvalho... Deus, Hawse, a mulher mais linda e mais triste que... queria impedi-la de se jogar e...</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Minha anfitriã riu-se da puerilidade da minha fala. De fato, quem não riria? Abafou-me a confusão de pensamentos com um aceno de mão.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ <i style="">Signorina Rapaccini</i> não iria se jogar, <i style="">mangili</i>!. Ela apenas gosta de visitar o <i style="">Alívio </i>certas noites. O motivo, não sei bem...</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Santo Deus, então ela é real! Hawse, já estava a me tomar por louco, antes dessa frase. Então, foi real!</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Sim, meu senhor. Mas, e então? Foi a subida aos rochedos ou a noite ao relento a deixá-lo tão debilitado? – dizia a senhora, num riso maternal e simpático, enquanto pegava o copo de barro para dar-me mais água.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Foi real, senhora! Meu amor, o beijo e os sonhos em seu colo... onde posso...?</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ <span style="font-variant: small-caps;">Beijaste Beatrice</span>??? - a frase saíra gritada, enquanto a mulher deixava o copo cair, tomada por um espanto mortal. Nada pude dizer, ante o ato. – <span style="font-variant: small-caps;">Deus</span>! Tinha razão em ver a morte em ti, senhor Nathaniel!</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p style="text-align: center; color: rgb(204, 204, 204);" class="MsoBodyText"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Wingdings;"><span style="">__________________________________________________________________________________</span></span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Enquanto me recuperava, Hawse e o filho Gaspar explicavam-me o porquê de seu espanto. Eu já ouvira lendas e histórias fantasiosas parecidas, bem como o nome <i style="">Beatrice Rapaccini</i>. Mas, nas falas de meus atuais interlocutores, a história ganhara vida – e morte.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Beatrice era filha de um botânico venesiano, que experimentou, na própria filha, extratos de plantas, inclusive venenosas. Do fato, resultou um ser ambíguo, extremamente habilidoso com as plantas – suas irmãs - e letal para os humanos. Nos círculos científicos, doutores riam da fábula, provavelmente criada para parafrasear o excessivo zelo de um pai por uma filha – e só. Era a única conexão disso com a realidade. Mas a ficção não conseguiria ser mais cruel que a vida, e Beatrice, segundo Gaspar, exilara-se na ilha após a morte do pai e de um amor. Hawse completou a tragédia em detalhes, dizendo que ela os matara, involuntariamente, enquanto disputavam o amor de Beatrice.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Pobre criança! Tão amada e tão sozinha! Até a morte deixou-a entre os vivos, mesmo apaixonada por ela. – completou minha anfitriã.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Preciso vê-la, Gaspar!</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ És louco, <i style="">mangili</i>? Um beijo quase o matou!...</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Que importa, Gaspar? Que domínio tem um homem sobre o amor, sobre o destino ou sobre a morte? Só consegue dominar o próprio medo... não a temo, apenas consigo amá-la...</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Não é possível amar a <i style="">Orchídea Nera di Rapaccini</i>, <i style="">mangili</i>...</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p style="text-align: center; color: rgb(204, 204, 204);" class="MsoBodyText"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Wingdings;"><span style="">__________________________________________________________________________________</span></span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><i style=""><span lang="PT-BR">_ É assim que os homens me chamavam, quando da morte de meu pai... a Orquídea Negra de Rapaccini...</span></i></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><i style=""><span lang="PT-BR"> </span></i></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">As lágrimas vertiam dos olhos de Beatrice. Meu espectro ganhara nome, e sua tristeza ganhara história e tragédia. Lembro-me de haver deixado os conselhos de Gaspar, bem como Hawse agarrada ao peito do filho, escondendo o rosto em lágrimas. Segui, desesperançoso, ao <i style="">Suplício</i>... que só se tornaria <i style="">Alívio </i>se encontrasse lá Beatrice. Como cheguei, não é algo que a razão possa explicar.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><i style=""><span lang="PT-BR">_ A lenda sobre a filha-flor do botânico não passava de conto quando resolvi me refugiar na Pedra Ermitã...</span></i></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><i style=""><span lang="PT-BR"> </span></i></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><i style=""><span lang="PT-BR"> </span></i></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><i style=""><span lang="PT-BR"> </span></i></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Enquanto falava, um perfume de lírios, não natural naquele período, envolvia o ar. Percebi que a fragrância exalava não do ambiente, mas da flor que comigo falava. Quando cheguei a <i style="">Suplício</i>, naquela noite, não havia ninguém. Ajoelhei-me, pelo esforço e pelo desespero, em prantos. Foi quando um doce aroma de lilases tomou-me. Levantei o rosto, e lá estava ela, também a chorar, estendendo-me um sorriso tímido.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><i style=""><span lang="PT-BR">_ Sempre venho ao Alívio, orar para que Deus perdoe meus pecados, e que me conceda uma morte digna e pouco dolorosa. Há algumas noites, um homem saiu das brumas, querendo salvar-me...</span></i></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Fiquei desacordado por quase 3 dias e 3 noites. E diante de tudo aquilo, não havia muito o que fazer. Revi toda a minha trajetória: a viagem ao desconhecido, o desembarque na ilha, meu espectro matutino, meu amor noturno, meu suplício, meu alívio, minha vida e minha Beatrice.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Entende, agora, por que não posso amá-lo, meu senhor? Essa é minha maldição, conjurada desde meus primeiros anos... sou <i style="">a flor da escuridão</i>, e morrerei sem um <i style="">sol </i>que me aqueça... – e sua mão macia acariciou-me o rosto.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Então, minha amada Beatrice... serei um sol em constante ocaso, já que não tenho razão em brilhar. Deixe-me dar-lhe vida, seja esta por alguns momentos apenas...</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Eu não posso permitir que morra, meu...</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Mas pode dar-me a bênção de viver... eu escolho viver ao teu lado. E se isso significar a morte, que Deus tenha piedade de minha alma...</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><i style=""><span lang="PT-BR">O ar cheirava a rosas vermelhas, orvalhadas, recém-roubadas por um amante atrevido à sua amada. Cirrus descerravam os finos fios de prata da Lua sobre a Terra. As estrelas apagaram-se um pouco, deixando brilhar a flor que desabrochava. E, neste cenário, Beatrice amou.</span></i></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Os primeiros raios de sol feriram-me os olhos. Para proteger-me, virei instintivamente para o oeste. À beira do penhasco estava Beatrice, encarando o fundo do mar. Afrontei, mais uma vez, a dor que já se instalara e a fraqueza que tomara meu corpo. Beatrice correu em minha direção, amparando-me, num copioso pranto.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Eu não quero que você morra, meu amado!</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Eu viverei em ti, flor de minha vida!</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Intentando acabar com o <i style="">suplício</i>, segui rumo à beira do <i style="">Alívio</i>. Encarei o mar e as pedras abaixo e tomei um último fôlego. Antes de terminá-lo, Beatrice tomara minha mão. Beijou-me, apaixonadamente, uma última vez, e soltou-se, junto a mim, penhasco abaixo.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p class="MsoBodyText" style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p style="text-align: center; color: rgb(204, 204, 204);" class="MsoBodyText"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR" style="font-family:Wingdings;"><span style="">__________________________________________________________________________________</span></span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);" class="MsoBodyText"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><i style=""><span lang="PT-BR" style="font-family:Verdana;">_ Restam-lhe poucos minutos, senhor...</span></i></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);" class="MsoBodyText"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);" class="MsoBodyText"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">Uma voz suave sussurrara aos ouvidos de Nathaniel.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);" class="MsoBodyText"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);" class="MsoBodyText"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR">_ Você acordará em breve, meu senhor. Mais que seu sacrifício, foi seu amor que me trouxe à <i style=""><u>redenção</u></i>. Deus atendeu minhas preces, e finalmente fez do <i style="">Suplício </i>o <i style="">Alívio</i>. A semente de vida que me deste foi plantada em ti. Eu o esperarei até momento certo -<span style=""> </span>que não é o dia de hoje - para dar-lhe todo o meu amor, em retribuição ao teu.</span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);" class="MsoBodyText"><span style="font-size:100%;"><span lang="PT-BR"> </span></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);" class="MsoBodyText"><span style="font-size:100%;"><i style=""><span lang="PT-BR">Nathaniel acordou na enseada. Seu grito foi ouvido em todos os cantos da ilha. Tornou à civilização, vivendo como numa incompletude até o fim de seus dias. Momentos antes de morrer, apontou para um jarro guardado em sua estante. Lá, os amigos encontraram uma flor desidratada e um bilhete com os dizeres: “Mantenham essa flor em minha mão no meu último suspiro”. Nathaniel morreu sorrindo...</span></i></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);" class="MsoBodyText"><span style="font-size:100%;"><i style=""><span lang="PT-BR"> </span></i></span></p><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"> </div><p style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);" class="MsoBodyText"><span style="font-size:100%;"><i style=""><span lang="PT-BR">Tempos depois, um botânico, amigo de Nathaniel, descobriu que a flor que o falecido companheiro guardara só crescia num certo penhasco oeste de uma pequena ilhota ao sul. Os nativos a chamavam de Ahuna (<b style="">esperança</b>).</span></i></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-86955224263475158592011-01-26T00:33:00.000-08:002011-01-26T02:07:25.554-08:00Retro-philia: trust in the loneliness<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirzpmDUwtaBgUFAvKUmgm3mPuPsqe6TIBBKbpY8n7_Z_J2x1fVCzO0DR2oZYTYWFGWQFAZUaQ63JCiq87ZxVU8uYs14ENOx5f9VZpxvinKRms7ZD0spVr9sPXKq0e-C3gyQPXuBeqrS_E/s1600/Trono+Rey.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 400px; height: 275px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirzpmDUwtaBgUFAvKUmgm3mPuPsqe6TIBBKbpY8n7_Z_J2x1fVCzO0DR2oZYTYWFGWQFAZUaQ63JCiq87ZxVU8uYs14ENOx5f9VZpxvinKRms7ZD0spVr9sPXKq0e-C3gyQPXuBeqrS_E/s400/Trono+Rey.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5566429539770605778" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div style="color: rgb(255, 255, 255); text-align: right;"><span style="font-size:78%;"><span style="font-style: italic;">Bring back that love feeling,</span><br /><span style="font-style: italic;">Girl, it's gone, gone, gone...</span><br />(Johnny Rivers)<br /></span></div><div style="text-align: justify;"><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">O título é um neologismo. Diplomatas que agem sem diplomacia ainda têm imunidade diplomática. Eu, mesmo não sendo poeta, lanço mão dessa tal de licença poética. "Tá feito e é lindo", como me ensinou Braga i Gaia.</span><br /><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Retrofilia; sinônimo mais bonito: nostalgia; sinônimo mais comum: saudade. Esse último vem do latim "solitas" (solidão).</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Não sei qual é o mecanismo (bendito) que nos faz acordar em sociedade e ter a sensação de não estarmos sozinhos. Que ilusão é essa?</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Então, num momento que não sabemos precisar (há quem diga que um "gatilho" externo dispara isso, como uma imagem, ou um odor), algo estala, lá dentro, e nos faz sentir saudades. Começamos a lembrar do que se foi, ou, mais precisamente, de que não é mais (presente). Aqui, altero minha pergunta: que percepção distorcida é essa?</span><br /><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">A individualidade é nosso distintivo. Não, não vou empreender uma cruzada idiota para justificar que alguns de nós NÃO são seres únicos, dado o pensamento de massa. Até essas pobres almas são individuais na sua tentativa patética de se parecerem com todos os que estão na moda. Aceitemos o fato de sermos únicos. Mas, a partir de agora, passemos a viver com isso - apesar de ter a nítida impressão de que alguns de nós vão, até o final dessas linhas, passar a morrer com isso...</span><br /><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Cada um de nós é um ser único, com um sistema único de significados, uma ordenação própria e inimitável do caos que o circunda, um deus único num universo próprio... cada ser é UM.</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Você acorda pelas manhãs, e se encaminha para a mesa de café aliviado(a) por estar "entre os seus"? - em outras palavras, "por não estar sozinho"? Meu caro, minha cara, que peça te pregaram! Dentro desse uni(co)verso no qual você está preso dentro da sua individualidade, não há nada, nem ninguém que o compreenda como você, que viva como você. E se você somar toda a sua empreitada, essa coisa chamada "vida", verá que você está solitário nela.</span><br /><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Retrofilia... nostalgia é um momento mágico, mas que é encarado de três formas. Para todas, usemos a analogia de uma pessoa lançada ao ar, tão forte que ultrapassa as nuvens.</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">A primeira, a patética e mais comum visão é a de olharmos para baixo e pensarmos: "uau, daqui do alto dá para ver todo mundo que pode voar aqui para cima comigo!" Ela é patética porque pressupõe que as tentativas pífias de verbalizar o sentido e o vivido, ou quem sabe o contato com o "agente causador" fá-la-ão se extinguir em si. Entendamos: nostalgia não se extingue. Não adianta tentar levar quem está ao seu lado, escutando suas histórias das sua golden age, porque isso não te fará sentir menos sozinho. Por fim, estar próximo do que lhe causa nostalgia (livro, filme, música, pessoa etc) também é uma vã ilusão, porque aquilo sempre esteve dentro de você. O que você está fazendo (tentando fazer) é apenas materializar sua solidão para poder usar a o verbo na primeira pessoa do plural: "eu e minha solidão vivemos muito felizes".</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">A segunda visão, ao ser lançado às nuvens, é a mais verossímil: você olha no nível dos seus olhos, para frente, e não vê ninguém. Isso é a visão da solidão. Quando vemos a verdade, temos muitas reações: alguns vão aos prantos, outros sorriem. Mas não há nada para sorrir ou chorar: há nuvens e você, mais nada. Você reinicia a "queda" ao mundo em sociedade, onde você lembrará, com certa frequência, da visão que teve sobre as nuvens, e o que sentiu lá. E, com uma certa dose de sensatez antes do jantar, se sentará, como Conan, em seu trono solitário e sustentará sua pesada coroa sobre sua preocupada cabeça. Mas viverá feliz com isso, vai por mim. A ilusão da vida em sociedade é um mecanismo de defesa comum a todos, e até útil. Mas não se vicie nele, como se a matrix fosse sua vida. Você apenas cumpre seu papel social em meio a tantas individualidades solitárias. O deus, adão e ordenação em seu universo é você, e só você. Assim, deixá-lo ruir é uma blasfêmia contra si mesmo.</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">As últimas frases tiveram um tom de "fim de texto", como uma conclusão de contos de fadas - "e viva feliz para sempre". Não esqueci da terceira visão. Lançado sobre as nuvens, há que olhe para cima. E nesse percurso, começa olhando para baixo e, a seguir, para frente. Ele vê, em flashes, o que os dois casos retrocitados viram. E é justamente por isso que ele olha para cima. Se a primeira visão é patética, ela é, ao menos, inofensiva. A segunda é uma realidade. A terceira é virtualmente mortal, porque o pobre bastardo estica os braços, numa tentativa desesperada de alcançar as estrelas e buscar seu igual, já que ele já está consciente de sua solidão. Mas, inevitavelmente, caímos de volta. E se a queda do primeiro é "feliz" e a do segundo é - geralmente - ímpia, a do terceiro é angustiante. Já ouvi dizer que tempestades inteiras foram feitas das lágrimas da agonia desses infelizes, e estas são as que causam mais desastres naturais. E, ao tocar o solo, ele não mais se move, anseando involuir, voltar a ser animal, vegetal e, por fim, mineral, e esperar oceanos de tempo para que seu "meteorito gêmeo" caia dos céus ao seu lado. É uma tentativa de hibernação anti-social. Alguns chamam isso de depressão. Dê o nome que quiser, isso dói. Apenas dói.</span><br /><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">O porquê dessas linhas não é deprimir ou alardear. É apenas dividir. Eu divido minha solidão com vocês nessas linhas, como se faz uma sangria para evitar uma amputação. Confesso que olhei para cima quando estive sobre as nuvens, mas, antes de começar a cair, gritei: "sejam felizes, cada um de vocês". Somos como reinos, que, a cada dia, realizamos relações diplomáticas com o reino vizinho ou distante. Importamos e somos solicitados a exportar palavras, sorrisos, gestos, impressões, sentimentos. Como usaremos o que importamos é uma decisão interna do reino - e, a isso, chamamos individ<span style="color: rgb(255, 255, 255);">ualidade. Como cada um usará o que exportamos é decisão deles - e, a isso, também chamamos individualidade.</span></span><br /><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Sou um reino muito agraciado. Alguns reinos compartilham comigo suas especiarias mais finas, delicadas, secretas, suas jóias mais raras, seus perfumes mais enebriantes, seus licores mais saborosos. Isso se chama confiança. É como se abrissem as portas de seus melhores aposentos a um humilde visitante, sob a saudação: "aqui, você é um rei". Eu sei que não sou, mas me fazem sentir assim. A todos estes reinos, cada um em especial, meu mais sincero agradecimento. Eu os saúdo, e os amo por isso.</span><br /><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Saudações diplomáticas e afetuosas.</span><br /></div>D. Mattienttihttp://www.blogger.com/profile/14491059111620133932noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-42598622292977387882011-01-11T16:39:00.000-08:002011-01-11T17:39:52.402-08:00Para conjurar o Patronum<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Faz tempo que não posto. Muitas vezes passei pelo blog, li e reli alguns posts, tive mil idéias, mas não parei por aqui. É esta correria do dia a dia que me fez parar hoje, um dia que não podia deixar de olhar no <i>espelho da Lua</i>... e isso acontece prá te chamar às suas reais necessidades (escrever, por exemplo).</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU-HCzkZJj4caBT-Hl_RMiT0hLxPdnXSqC_aArWF5LEwONDCddxygQ2Pl2iUyMpIJAKCU6dkeRpZzrrzsNqXUCsHfnX84XhF6TkiNs5y8X_DxulHOSeWe2wSv3CZlNZbJSNMYID7RI31QU/s200/patronum.jpg" style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 199px; height: 200px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5561104224617843906" /><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Em <i>Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban</i>, o protagonista tem, num dado momento, que conjurar um feitiço chamado <i>Expectro Patronum</i>, para se proteger de uma grande ameaça, que beira a morte. O mecanismo para isto é resgatar uma lembrança muito feliz, e, então, <i>chamar pela proteção</i>.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Usei os termos "<i>chamar pela proteção</i>" porque a própria interpretação do nome no dito feitiço nos leva a essa idéia:</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><i>Expectro: espectro - fantasma - espírito</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><i>Patronum: patrono - padrinho - protetor.</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Hoje, andando pelo centro da cidade na hora do almoço, procurei resgatar uma lembrança feliz, relacionada com minha família nuclear. E qual não foi o susto ao não conseguir lembrar! Isso mesmo, eu não consegui resgatar a minha lembrança mais feliz! Muitas das situações nas quais me vi nos últimos tempos estão muito mais relacionadas com "<i>alívio</i>" do que com "<i>felicidade</i>". E, sendo um pouco disciplinado com meu pensamento "<i>bruxo</i>", acredito que sejam sentimentos diferentes, com consequências diferentes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Some-se a isso a introdução do livro que pretendemos estudar num dos grupos de estudos espíritas que frequento, que diz que <i>devemos valorizar nossas pequenas vitórias no campo da reforma interior e continuar a caminhada</i>.</span></div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo-UqZad5N3CPmBz_Zq_T9X_JbJjot6GFKz9O7EYwkxPTpQoWgeXVTtH3u-ZDJtzL00_VnkpxnDXbwJDlKH9MnHqjy0XIemiIjOYLd5lHWZLQ2VU5tTje6veizLlVtpQFMCgRJ8M-3tdPG/s200/patronum+3.jpg" style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 154px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5561104744707435698" /><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >"<i>Conjurar o Patronum</i>" representa tudo o que nos remete à proteção, tudo o que nos leva mais próximos <b>do que consideramos</b> "<i>felicidade</i>". Acredito que o ser humano, no grau evolutivo em que se encontra na Terra, não tem muita condição de distinguir claramente o que vem a ser felicidade. Ele a vislumbra, enevoada, por trás de uma cortina, distante, e esses vislumbres são pontos esparsos - eventos - numa reta, que é sua vida terrena. Agarrar-se, a qualquer instante, à lembrança mais feliz que temos, elevar suas energias e gritar o nome do feitiço é como dizer: "<i>leve-me daqui para aquele momento, porque nada me pode tirar essa alegria</i>". Da mesma forma, é celebrar a alegria de estar vivo, e de poder repetir aquele momento, e repelir tudo o que é contrário à ele. Lembrando da definição do feitiço, isso é a função do nosso "<i>espírito protetor</i>", ou "<i>anjo de guarda</i>". Deixemos os caras trabalharem, e sejamos "<i>afilhados</i>" gratos, facilitando-lhes o trabalho.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVEAqvPoVq7cFPEWa14FFUwSKjFr7LuuoTCol7WgqORspZ-75btZ7tWS1X2avoI4g_p888rYZTHfamNYmU_Xmnjk1Ocf-oCLjmKtl3MyqV0QnyBj31cF6yb6Ko-ksbSaZCmTIS5JwMp319/s200/peter+pan.jpg" style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5561105945171390482" /><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Não é a primeira vez que um autor lembra desse conceito, contido na conjuração do <i>Patronum</i>. <i>J. M. Barrie</i>, em sua obra prima (e meu personagem favorito de histórias infantis) - <i><b>Peter Pan</b></i> - já dava a fórmula: <i>um pouquinho de Pó de Pirlimpimpim e um pensamento feliz. "Pense uma coisa bem boa, que num instante você voa!"</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Agarrar-se às suas lembranças boas pode te levar às nuvens, tirar seus pés da terra... O que você está esperando? Nasce um novo ano, e com ele 365 dias em que você pode voar, só de lembrar das coisas boas que já aconteceram. Mas prá que ficar preso no passado, <i>como um arqueólogo maluco que você conhece</i>? 2011 também surge com 365 dias prá você <i><b>CRIAR </b></i>boas lembranças! Hoje é dia de você "<i>abastecer o tanque</i>" para voar amanhã! E amanhã você abastece em vôo prá voar depois de amanhã...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Quanto a mim, eu vi que a rotina, o batidão te atordoa. É fácil se distanciar da "<i>gasolina de vôo</i>" quando não se tem <b><i>disciplina</i></b>. Entre a preocupação surgida no fim do horário de almoço e o início deste post, várias foram as lembranças. Tenho, graças a Deus, uma vida muito rica desses momentos, e o ocorrido no início da tarde apenas me chamou a atenção que é necessário ter disciplina para ser feliz e curtir a felicidade. Vivo hoje um momento maravilhoso, e muitas vezes não tenho noção de tudo o que conquistei em matéria de felicidade. E mais ainda: que muito disso está no passado, e que eu, como cientista do passado, não posso negar isso como algo que não pertence ao meu presente. <b><i>Lembrar do passado não é viver o passado. É preciso disciplina para lidar com isso também, e para transformar isso num impulso em direção à felicidade.</i></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Eis meu presente de Ano Novo para vocês: um lembrete para que possam <i>conjurar seu Patronum</i>. Exercitem isso. É delicioso, e vai te arrancar sorrisos e lágrimas de alegria!</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Ah, e não deixem de me contar, por favor. Se vocês conseguirem, vou acrescentar mais uma lembrança boa à lista: <i>o dia em que consegui levar meus amigos a praticarem <b>magia</b></i>...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Beijos no coração de todos, e um feliz 2011 para nós!</span></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-6757363941695238472011-01-01T13:49:00.000-08:002011-01-01T14:00:33.625-08:00365 days to the end of the world<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieRHs3S9TzQNkmVc-Upv7Grk9Iz0FBVPxGw_f44rY-upx8jB_S7Qsy__K2sD8KzMzMzbazgOzoK7JQWFBrWrDNFkEzY7IFDzvicftSNBYYloVg1HDpAgr7rQZ3OSBRD27t6eif2ImbchxH/s1600/calendario-maia-1.gif"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 315px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieRHs3S9TzQNkmVc-Upv7Grk9Iz0FBVPxGw_f44rY-upx8jB_S7Qsy__K2sD8KzMzMzbazgOzoK7JQWFBrWrDNFkEzY7IFDzvicftSNBYYloVg1HDpAgr7rQZ3OSBRD27t6eif2ImbchxH/s320/calendario-maia-1.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5557340573524713362" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-style: italic; color: rgb(204, 204, 204);font-family:trebuchet ms;" >É, 2010 se foi. Muita coisa foi com ele, e muita coisa ainda continua. É, certamente, um ciclo que se fecha, mas há ciclos "plurianuais".</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(204, 204, 204);font-family:trebuchet ms;" >Aos que fecharam muitos ciclos nestes 365 dias, eu os saúdo! Mas também saúdo aos que estão em processo. Eu os saúdo e apresento a visão de uma pessoa comum, que, assim como vocês, também luta para fechar ciclos e seguir em frente.</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(204, 204, 204);font-family:trebuchet ms;" >Escrevi pouco em 2010, e me fez falta. Vocês me verão aqui, onde a lua está mais próxima, mais vezes durante esse ano.</span><br /><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(204, 204, 204);font-family:trebuchet ms;" >A todos um 2011 de muito trabalho e muitos esforços. Os louros serão consequência dos esforços. Os resultados desfavoráveis só serão derrotas se não forem enlevados esforços. Caso contrário, serão experiências.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-22208135991068771752010-03-29T06:07:00.000-07:002010-03-29T06:16:38.133-07:00E vem aí mais um abril...<div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204); font-family: verdana;">Para receber mais um abril que chega, fui lembrado, hoje, de uma música que embalou parte da década de 1990, dos Engenheiros do Hawaii.<br />Para mim, apesar da distância histórica, ela tem se equivale ao que Vandré quis dizer à sua geração em "Prá não dizer que não falei das flores". Gessinger e sua patota quiseram retratar a nova realidade dos anos 90. E, lembrando Bruno Gouveia, do Biquini Cavadão, num show que tive a oportunidade de assistir recentemente, essa música é de uma época "em que se fazia músicas com a cabeça e o coração, e não com a bunda".<br />Aos amigos, para reflexão, Pose (anos 90):<br /><br /><div id="cabecalho" class="cor_2"><div style="font-size: 127.7%;"><h1 id="identificador_musica">Pose (Anos 90)</h1></div> <h2><a id="identificador_artista" href="http://letras.terra.com.br/engenheiros-do-hawaii/">Engenheiros do Hawaii</a></h2><small>Composição: humberto gessinger</small> </div><p>Vamos passear depois do tiroteio<br /> Vamos dançar num cemitério de automóveis<br /> Colher as flores que nascerem no asfalto<br /> Vamos todo mundo... tudo que se possa imaginar</p> <p>Vamos duvidar de tudo que é certo<br /> Vamos namorar à luz do pólo petroquímico<br /> Voltar pra casa num navio fantasma<br /> Vamos todo mundo... ninguém pode faltar</p> <p>Se faltar calor, a gente esquenta<br /> Se ficar pequeno, a gente aumenta<br /> Se não for possível, a gente tenta<br /> Vamos ficar acima, velejar no mar de lama<br /> Se faltar o vento, a gente inventa<br /> Vamos esquecer o dia da semana<br /> Tem que ser agora anos 90.</p> <p>Vamos remar contra a corrente<br /> Desafinar do coro dos contentes</p> <p>Se não for possível<br /> Se não for importante<br /> Mesmo assim a gente tenta.</p> <p>Não é pose, não é positivismo<br /> Quanto pior, pior<br /> Não é pose, não passará<br /> Não passaremos por isso</p> <p>Tô fora voodoo, ranso, baixo astral<br /> Eu não vou perder meu tempo brincando de ser mal<br /> Não vou viver pra sempre nem morrer a toda hora<br /> Como rasgos pré-fabricados num novo velho blue jeans.</p> <p>Morte anunciada, direitos autorais<br /> Pela tv à cabo uma baleia acaba de nascer<br /> Nascer pode ser uma passagem violenta<br /> O futuro se põe<br /> O passado não se agüenta.<br /> Oooo...oooo..</p> <p>Meninos e engenhos<br /> Santa ingenuidade<br /> Santíssima trindade: sexo, drogas, rock’n roll.<br /> Oooo..ooo...</p> <p>É pura pose, faz qualquer coisa<br /> E o pior não é isso<br /> É pura pose, posteridade<br /> E o pior não é isso</p> <p>Vamos passear depois do tiroteio<br /> Vamos dançar num cemitério de automóveis<br /> Vamos duvidar de tudo que é certo<br /> Vamos namorar à luz do pólo petroquímico.</p> <p>Lalarala...<br /> Lalarala..<br /> Laralala...<br /> Laralala...<br /> Laralala..</p> Vamos remar contra a corrente<br /> Desafinar do coro dos contentes<br /> Vamos ficar acima, velejar no mar de lama<br /> Vamos esquecer o dia-a-dia, o dia-a-dia..aaa<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-48580490824041394632010-02-05T12:10:00.000-08:002010-02-05T12:39:48.974-08:00365 luas...<div style="text-align: right; color: rgb(255, 255, 255);"><span style="font-style: italic;">05/02/2010</span><br /><span style="font-style: italic;"></span></div><span style="font-style: italic; color: rgb(255, 255, 255);"><br /></span><div style="text-align: justify; color: rgb(255, 255, 255);"><span style="font-style: italic; color: rgb(255, 255, 255);">É, meu caro...</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(255, 255, 255);">Faz um ano que você viajou. Lembro que nos seus preparativos para a viagem, nem pude despedir da companheira Célia. Por favor, dê lembranças a ela quando a vir.</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(255, 255, 255);">Tudo está caminhando por aqui. Os pequenos estão ficando grandes e fortes, as flores desabrochando, os trabalhos seguindo. Tudo como você sugeriu que estivesse.</span><br /><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(255, 255, 255);">Cora sente sua falta. Temos ajudado ela a exercitar a paciência, pois o translado dela para essas terras ainda leva algum tempo. Ela já não fica tanto ao lado da "caixa de correios" esperando notícias, como fez com o Vô. Aliás, leve também meu saudoso abraço a ele.</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(255, 255, 255);">Yeiéca tá lá, a guerreira de sempre, a sentinela na pedra, como seu nome revela. Sinto-a triste, mas ela sempre foi mais sensível às despedidas.</span><br /><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(255, 255, 255);">Como está tudo por aí? Os Vôs, as Vós? Tio Dalton, Tio Enéas, Dona Santa, Jorge, Vadinho?...</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(255, 255, 255);">Li que foi a maior festança quando vc desembarcou. Depois, mande detalhes.</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(255, 255, 255);">Aproveita e me confirma que meu pequeno tá embarcando para cá. Abençoe-o, porque a missão dele é grande - além de ter de me aguentar como pai. Mas não se preocupe, porque as aulas para ser um bom pai, eu as tive com os melhores professores que Deus pode me dar.</span><br /><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(255, 255, 255);">Olha, para você não ficar com muitas saudades daqui, a Luna foi ficar com você. Pode confiar suas saudades à ela. Bichinho fiel, que nunca me falhou. Não há nada que um cafuné nela não leve embora. Cuide bem dela para mim, por favor.</span><br /><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(255, 255, 255);">Recebemos as rosas através da Helmara, obrigado. Chegaram lindas e perfumadas.</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(255, 255, 255);">Vou terminando por aqui, lembrando um sambinha da nossa época juntos: "naquela mesa tá faltando ele, e a saudade dele tá doendo em mim"... mas não se apoquente não. Não é nada que uma carta não descreva e que um sorriso seu não faça desaparecer.</span><br /><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(255, 255, 255);">Deus te abençoe, meu velho amigo, você, que tanto me abençoou!</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(255, 255, 255);">Não se esqueça de mandar notícias!</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(255, 255, 255);">Saudades</span><br /><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(255, 255, 255);">Seu filho</span><br /><br /><br /></div>D. Mattienttihttp://www.blogger.com/profile/14491059111620133932noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-8159268241304331392009-12-23T23:43:00.000-08:002009-12-24T13:28:16.802-08:00Yeah, what the hell... we're SWAT! - a crônica musical-cinematográfica de fim de ano<div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Uma grande amiga me escreveu há duas semanas com sua crônica de fim de ano. Ao fim, perguntava o que cada um - os destinatários da mensagem - havia feito em 2009.</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Acho que esta grande sequência começa em 2006...</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">2006 foi de "ascenção e queda". Como o R.E.M., fui "perdendo minha religião" - esta entendida enquanto minha profissão. E, enquanto historiador, nunca acreditei muito nessa "história do tempo presente" (seguem minhas desculpas aos companheiros de profissão que conseguem realizar isso que considero uma "façanha"). Hoje, já distante um pouco dos fatos, compreendo que o processo foi de aprendizagem. E Enya me cantou - e encantou - ao traduzir isso numa canção, sugerindo: "quem sabe se nessa escuridão seu coração não se torna mais verdadeiro?" Ainda completa: "Você trilha uma estrada solitária. E como você está longe de casa!"</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Cara! Como eu estava longe de casa! Estava longe de tudo o que eu deveria estar. Mas eu não "amanheci, peguei a viola, botei na sacola, e fui viajar". A aparente solidão me fez "ter que voltar prá casa" longe de casa. Foi uma "viagem ao fundo do ego" muito massa. Rolou um "mortal kombat", sofrimentozinho básico... mas, uma coisa nunca me faltou: amigos! Sempre houve quem me estendesse a mão, quem me mostrasse que tem um Cara que gosta de mim mais do que qualquer outra pessoa, e que Ele estava sempre comigo. Assim, cairam as viseiras, e eu pude olhar em volta, para pessoas que precisavam de mim, e para tantas outras pessoas que, distantes de casa, por vezes sofridas, estavam de pé, ajudando quem necessitava. E, na ocupação útil do tempo, aprendi, de fato, o que era trabalho, e as tantas oportunidades de trabalho que perdi durante os anos anteriores. Aprendi, também, que não dava mais tempo de ficar lamuriando pelo que se foi. "O barato de Grace" - e meu - era trabalhar e trabalhar, daqui prá diante...</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Foi assim que voltei prá casa. Voltei, primeiro, prá minha casa íntima e, depois, prá minha casa física, para o acalento dos meus. Nas "perdas e danos", alguém ficou prá trás. E foi - e ainda é - difícil entender as diferenças das pessoas. 2007 se caracterizou por muita luta, pelas consequências das minhas escolhas. O choque da chegada ficou traduzido na pieguice (nessa época ainda singela) de uma dupla sertaneja, que cantava à mãe, dizendo que "tudo o que foi procurar no distante sempre esteve ali, dentro de casa".</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Sim. E o horizonte foi se pintando mais belo do que o poeta podia descrever. Novamente estava ao lado da minha irmã, vendo meus sobrinhos crescerem, trocando abraços com os amigos mais antigos (inclusive a inquisidora citada no início do texto, né, Irmã?)... e havia um sorriso que eu não havia esquecido. Ela estava muito mais linda do que quando eu a conheci, e já faziam 16 anos. Os anos lhe fizeram muito bem. E, num grande presente, começamos a "velejar", como Gwyneth e Huey. E eu amo cada vez mais cada dia em que estamos "velejando juntos"...</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Relacionamento humano, a célula de trabalho e aprendizado em tempo integral! Eu a saúdo! Ermitões de todo mundo, escutem meu apelo (gutural e "protossexual"): não "vão se foder", voltem ao convívio dos homens e "fodam e sejam fodidos"! "Onanismo social" (DRS, Copyright, 2009 - todos os direitos reservados) tá por fora! Ninguém cresce no isolamento. E como tenho crescido ao lado desses olhos verdes! Obrigado, minha Sininho! Seu "menino que não quer crescer", te ama muito!</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Nesse ínterim, rodei pelas Minas Gerais, conhecendo suas belezas gerais. Como eu nunca havia visto aquilo tudo, depois de tanto tempo? "Quem te conhece, não esquece jamais". Benza Deus!</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Mas o ano em que pude ver um grande sucesso da minha infância ser imortalizado nas telas dos cinemas (onde robôs alienígenas se transformavam em automóveis, lutando pelo bem e blá, blá, blá...) foi, também, o momento de perceber que "tempus fugit" - ou, como Lulu já lembrava, ele "voa, escorre pelas mãos, mesmo sem se sentir que não há tempo que volte"... O grande herói, o velho Optimus Prime, apresentava desgaste na lataria. E só então entendi "o chamado": era mais uma batalha, lado a lado, em postos diferentes, entre tantas outras que já havíamos travado. E lá estávamos mais uma vez... nós... e, graças a Deus, como não poderia deixar de faltar, também estavam... os amigos!</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">E foram eles, mais uma vez, que me ofereceram, entre abraços, ombros, colos, puxões de orelha, força e... trabalho! Vou citar um grande novo-velho amigo e nosso reencontro, onde, entre tantas respostas, me lembrou que tudo "depende de nós". Augusto, você e toda a equipe estão no meu coração, você sabe!</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Nisso, já estamos embalando 2008 com baladas revisitadas, como Numb/Encore, que repete, insistentemente: "que que cê tá esperando, porra?" As certezas, as dúvidas, as esperanças, meu duvidoso presente de anivérsário... Enfim, "vamos viver tudo o que há prá viver", sem medos. Os Orixás, as forças da natureza, selaram meu pacto de amor com minha fadinha verde de olhos verdes. E uma balada, das antigas, perguntava: "porque você não pode fazer isso?" E, como Neo, eu comecei a acreditar...</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Porém, Iggy Pop e Dinho Ouro Preto já diziam, em línguas diferentes, que eram "passageiros". E aqui, nesta Terra, meus caros, somos todos passageiros. E o velho Optimus não seria diferente.</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Nessas horas, você pensa em filmes "claustrofóbicos", onde o mundo inteiro está tomado por uma doença qualquer, e onde uns poucos humanos lutam para sobreviver aos muitos "infectados" e se pergunta: "então, por que lutar prá viver se o destino inevitável é a morte?"</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Por que, desde a década de 1980, Fire inc já cantava: " 'hoje a noite' é o que significa 'ser jovem' ". Se a morte é apenas uma passagem, importa onde você está? Aqui (vivo), lá (também vivo) ou no meio do caminho (morrendo)? O que importa é COMO VOCÊ ESTÁ!</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Foi quando o juíz apitou, a bola recomeçou a quicar, e enquanto o relógio lembrava os 16 minutos que faltavam, uma trupe juvenil (que minha sobrinha adora) gritava que era "agora ou nunca". E foi agora. Foi como todas as batalhas do mundo viessem juntas. E mesmo que os resultados não pareçam ter algo de bom, eles foram os melhores! E foram vitoriosos! E, assim, "fomos heróis"!</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">2009 preludiava ser "a colheita farta", "o sono dos justos", o "e viveram felizes para sempre". Alguém deveria fazer um filme sobre tudo o que acontece depois dessa frase... blah!</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">O desconhecido se delineava depois da fronteira (nas terras perto da outra fronteira). E eu, que nunca havia saído do país, vi terras não brasileiras (é, ainda não foi esse ano que eu fui pro exterior... só vi).</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Aqui, fui acolhido. Mais uma vez, por amigos. Dessa vez, não um bando, uma galera ou um grupo... foi um destacamento, um pequeno batalhão. Não houve manual, treinamento, mapa, trilha de farelos de pão... houve (e há) guerrilha. E, como a inscrição nas muralhas do Forte Coimbra (em Corumbá), as opções eram "repelir o inimigo ou sepultar-se embaixo das muralhas do forte". Neste ano, desde a despedida do meu pai até hoje, reaprendi o que significam as palavras honra e lealdade. Amizade se baseia nisso. Casamento se baseia nisso. E isso "é o que significa ser jovem"! Tantos outros "destacamentos" te acolhem, te chamam a isso. Cito outro: os moços da "Eterna Aliança". A vocês - BorraXarYa e Eterna Aliança - os meus mais sinceros agradecimentos pela acolhida, amizade, aprendizado constante e oportunidade de trabalho!</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Vamos encerrando o filme. Ou, pelo menos, o capítulo de hoje: Você, o herói, está cansado, sentado em seu carro, ferido, ofegante, depois de uma noite correndo atrás de bandidos, indo pro descanso. No PX/rádio, uma voz informa que há mais uma ocorrência. Você responde que o turno de vocês está encerrado. Do banco de trás, outra voz diz: "E daí?" O motorista dá seta para se encaminhar ao local. Todos te olham... Tá com você...</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Todo dia há um inimigo a repelir. Quase nunca, ele está ao alcance dos olhos - exceto quando você está na frente do espelho. O que eu fiz em 2009? - você me pergunta. Eu poderia responder "trabalhei prá burro, em todos os sentidos, e meu turno acabou". Mas, não. Eu preferi escutar a voz do banco de trás e entender o sinal do motorista. No "turno" de 2009, alguns bandidos foram pegos, outros escaparam. E o preço da paz é a eterna vigilância - mesmo no que se refere aos estão presos...</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">"Yeah, what the hell?" - essa foi a resposta do herói. Com isso, ele quis dizer: "We're SWAT, right?" Só há uma pessoa capacitada para repelir o seu maior inimigo: você! Voltando à pergunta... o que eu fiz em 2009? Fui SWAT. Leia-se: FUI. As inscrições para 2010 estão abertas, e já me matriculei. Tô me esforçando para também sê-lo em 2010.</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">E você? O que vai fazer no próximo "chamado"? Esqueça o cansaço, esqueça os ferimentos, esqueça o que de ruim passou... E daí? Você é SWAT, não é? Você aguenta o tranco! Ou como diria - e, aposto, ainda diz - o Velho Optimus: VOCÊ TEM "CAIXA"! Se você não fizer, ninguém vai fazer, porque VOCÊ É SWAT!...</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Galera, em 2010, SEJAM SWAT!</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Um encerramento de ciclo de muita reflexão a todos, e um novo ano de muito trabalho!</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Agora, todo mundo: "Naaaaa... na-na-naaaaa... na-na-naaaaa... na-na-naaaaa..."</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">P.S.: prá vocês se situarem melhor:</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">http://www.youtube.com/watch?v=VkSheUP6-xs</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Não consegui editar o vídeo... a cena descrita começa em 8 min 29 seg, ok?</span><br /></div>D. Mattienttihttp://www.blogger.com/profile/14491059111620133932noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-30529211624472376272009-11-03T03:58:00.000-08:002009-11-03T04:14:31.395-08:00Saravá...<div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(255, 0, 0);">Há quem comemore o "dia das bruxas" da forma mais displicente e "norte-americana" possível.</span> <span style="color: rgb(255, 0, 0);">O fim de outubro corresponde a um período dos rituais de fertilidade de Beltane, e é uma época de muita energia.</span> <span style="color: rgb(255, 0, 0);">Escolhi, nesse momento, homenagear duas forças que me regem:</span><br /></div><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><br /><br /></span> <div style="text-align: center;"><a style="color: rgb(255, 0, 0);" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBzdL5Ap5P8MRzBdZYghnq3ijOwtpUbw9oas8EVeX3jintwrzRGNITxd2ZmTXB5Pzib1Tu3hsIraOrQTbq0xKZNAIvTpLENvbm2fkAiM_ITl5macK-fkvf2kTTFIja3Yh_tdvl5kfgxqw/s1600-h/ogum.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 150px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBzdL5Ap5P8MRzBdZYghnq3ijOwtpUbw9oas8EVeX3jintwrzRGNITxd2ZmTXB5Pzib1Tu3hsIraOrQTbq0xKZNAIvTpLENvbm2fkAiM_ITl5macK-fkvf2kTTFIja3Yh_tdvl5kfgxqw/s200/ogum.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5399845812982412754" border="0" /></a><span style="color: rgb(255, 0, 0);">Ogum</span><br /><br /><span style="color: rgb(255, 0, 0);">Ogum, vencedor de demanda</span><br /><span style="color: rgb(255, 0, 0);">Quando entra no reino é prá salvar filho de Umbanda</span><br /><span style="color: rgb(255, 0, 0);">Ogum, Ogum iara</span> <span style="color: rgb(255, 0, 0);"></span><span style="color: rgb(255, 0, 0);">Ogum, Ogum iara</span><br /><span style="color: rgb(255, 0, 0);">Salve os campos de batalha, salve a sereia do mar</span><br /><span style="color: rgb(255, 0, 0);"></span><span style="color: rgb(255, 0, 0);">Ogum, Ogum iara</span><br /><span style="color: rgb(255, 0, 0);"></span><span style="color: rgb(255, 0, 0);">Ogum, Ogum iara</span> <div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><br /><br />Ogum-iê, meu pai!<br /><br /></span><div style="text-align: center;"><a style="color: rgb(255, 0, 0);" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRk5IhUuvWP4x1x_szImyhxF-2pOiRi9DahSIXIJYnI4WHZzkMRPjbNdecxk7v3Piyiycf0c9-Z0ptb0_4ZyHdsm57St1p1Lx0dz2fbfO5sQrCYzOkArd_OY-IvCBccNs-eaZEcq9C7Zw/s1600-h/iansa.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 176px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRk5IhUuvWP4x1x_szImyhxF-2pOiRi9DahSIXIJYnI4WHZzkMRPjbNdecxk7v3Piyiycf0c9-Z0ptb0_4ZyHdsm57St1p1Lx0dz2fbfO5sQrCYzOkArd_OY-IvCBccNs-eaZEcq9C7Zw/s200/iansa.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5399847861488023346" border="0" /></a><span style="color: rgb(255, 0, 0);">Iansã</span><br /></div><div id="div_letra"><p style="color: rgb(255, 0, 0); text-align: center;">Iansã, cadê Ogum? Foi pro mar<br />Mas Iansã, cadê Ogum? Foi pro mar (3X)</p><p style="color: rgb(255, 0, 0); text-align: center;">Iansã penteia os seus cabelos macios<br />Quando a luz da lua cheia clareia as águas do rio<br />Ogum sonhava com a filha de Nanã<br />E pensava que as estrelas eram os olhos de Iansã</p><p style="color: rgb(255, 0, 0); text-align: center;">Iansã, cadê Ogum? Foi pro mar<br />Mas Iansã, cadê Ogum? Foi pro mar (3X)</p><p style="color: rgb(255, 0, 0); text-align: center;">Na terra dos orixás, o amor se dividia<br />Entre um deus que era de paz<br />E outro deus que combatia<br />Como a luta só termina quando existe um vencedor<br />Iansã virou rainha da coroa de Xangô</p><p style="color: rgb(255, 0, 0); text-align: center;">Iansã, cadê Ogum? Foi pro mar<br />Mas Iansã, cadê Ogum? Foi pro mar (3X)</p><br /><p style="color: rgb(255, 0, 0);">Eparrê, mãe Iansã!</p><p style="color: rgb(255, 0, 0);">Continuem guiando esse teu filho rebelde, vencendo com ele todos os inimigos, e o maior deles: ele mesmo. Libertem o homem novo, derrotando o homem velho.</p><br /><br /><p style="text-align: right;"><span style="color: rgb(255, 0, 0);">Saravá todos os Orixás!!!</span><br /></p></div></div></div>D. Mattienttihttp://www.blogger.com/profile/14491059111620133932noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-74543929525635253922009-10-19T04:43:00.000-07:002009-10-19T05:10:25.841-07:00La joie de vivre<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJDFAgDi8wQyT25Pf0FwvJsrDUKXWGpOBrCwTUtdLreLPGCJIKCZjJs5i5AXD1XJPVy9irkDEJcJynKwTSsdkfmLDY1014C0i1y8AJ3TzN1YkvC-Nk-MqkYVmjiApULVVZ9gYRe73g9Ts/s1600-h/sv5.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJDFAgDi8wQyT25Pf0FwvJsrDUKXWGpOBrCwTUtdLreLPGCJIKCZjJs5i5AXD1XJPVy9irkDEJcJynKwTSsdkfmLDY1014C0i1y8AJ3TzN1YkvC-Nk-MqkYVmjiApULVVZ9gYRe73g9Ts/s200/sv5.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5394281047931639122" border="0" /></a><br /><br /><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(255, 255, 153);">Nem sempre os sentimentos conseguem ser traduzidos, apesar de serem válidas as tentativas...</span> <span style="color: rgb(255, 255, 153);">Vamos a uma delas:<br /><br /></span><div style="text-align: left;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKDGHOHZKyuJgUvs0wIza1ShFGo0nRZKz4pxEFVWahCUbMD_E6bzzDHq0_sOvDuK7NtQhqwOZUOK6XFmEKWfWxKr5_7i8MM4kaaxzUTM0dXRBQNti7BUrxli9mqfRgiFwMhZ_xFyYREIc/s1600-h/new-3.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 87px; height: 50px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKDGHOHZKyuJgUvs0wIza1ShFGo0nRZKz4pxEFVWahCUbMD_E6bzzDHq0_sOvDuK7NtQhqwOZUOK6XFmEKWfWxKr5_7i8MM4kaaxzUTM0dXRBQNti7BUrxli9mqfRgiFwMhZ_xFyYREIc/s200/new-3.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5394280275492376994" border="0" /></a></div><br /><span style="color: rgb(255, 255, 153);"><br /></span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 153);"><br /><br /></span></div><table id="tbl_traducoes" class="cor_2"><tbody><tr><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"><h3>Allegria</h3></td> <td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"><h3>Alegria</h3></td> </tr><tr class="spc"><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"><br /></td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"><br /></td></tr> <tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1">Alegria</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2">Alegria</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Come un lampo di vita</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Como um raio de vida</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Alegria</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Alegria</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Come un passo gridar</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Como um louco a gritar</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Alegria</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Alegria</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Del delittuoso grido</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> De um delituoso grito</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Bella reuggente pena, serena</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> De uma triste pena, serena</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Come la rabbia di amar</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Como uma fúria de amar</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Alegria</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Alegria</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Come un assalto di gioia</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Como uma explosão de júbilo</td></tr><tr class="spc"><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1 vazio"><br /></td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"><em></em><br /></td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1">Alegria</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2">Alegria</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> I see a spark of life shining</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Eu vi uma faísca de vida brilhando</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Alegria</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Alegria</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> I hear a young minstrel sing</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Eu ouço um jovem menestrel cantarolando</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Alegria</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Alegria</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Beautiful roaring scream</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Um grito bonito</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> of joy and sorrow,</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Um rugido de tristeza e de felicidade</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> so extreme</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Tão extremo...</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> There is a love in me raging</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Um amor furioso dentro de mim,</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Alegria</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Alegria</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> A joyous, magical feeling</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Um feliz e mágico sentimento.</td></tr><tr class="spc"><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1 vazio"><br /></td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"><em></em><br /></td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1">Alegria</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2">Alegria</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Come un lampo di vita</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Como um raio de vida</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Alegria</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Alegria</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Come un passo gridar</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Como um louco a gritar</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Alegria</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Alegria</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Del delittuoso grido</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Como um delituoso grito</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Bella reuggente pena, seren</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> De uma triste pena, serena</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Come la rabbia di amar</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Como a fúria de amar</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Alegria</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Alegria</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Come un assalto di gioia</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Como uma explosão de júbilo</td></tr><tr class="spc"><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1 vazio"><br /></td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"><em></em><br /></td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1">Alegria</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2">Alegria</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Como la luz de la vida</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Como a luz da vida</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Alegria</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Alegria</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Como un payaso que grita</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Como um palhaço que grita</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Alegria</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Alegria</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Del estupendo grito</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> De um delituoso grito</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> De la tristeza loca</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> De uma tristeza louca</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Serena,</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Serena,</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Como la rabia de amar</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Como a furia de amar</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Alegra</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Alegria</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Como un asalto de felicidad</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Como um assalto de felicidade</td></tr><tr class="spc"><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1 vazio"><br /></td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"><em></em><br /></td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1">There is a love in me raging</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2">Um amor furioso dentro de mim,</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> Alegria</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Alegria</td></tr><tr class=""><td style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 255);" class="col1"> A joyous, magical feeling</td><td style="color: rgb(204, 204, 255);" class="col2"> Um feliz e mágico sentimento.</td></tr></tbody></table><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjUe1mmxujz-dcM_iI0UPx-HfLtwb5jJ9RBsq4amrLsJ8C41h8Ir1-yVhOn5BP1tDGP-T0Jrz3vs-WA2zI65g8sNVXOl9rvo9Tp2Hhd4YFfZY_6Gx3Z-iKBu3A3GMlKWPdKTxCckvNMqo/s1600-h/new-2.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 96px; height: 95px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjUe1mmxujz-dcM_iI0UPx-HfLtwb5jJ9RBsq4amrLsJ8C41h8Ir1-yVhOn5BP1tDGP-T0Jrz3vs-WA2zI65g8sNVXOl9rvo9Tp2Hhd4YFfZY_6Gx3Z-iKBu3A3GMlKWPdKTxCckvNMqo/s200/new-2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5394280868616440338" border="0" /></a>D. Mattienttihttp://www.blogger.com/profile/14491059111620133932noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-62657526655943042272009-10-13T18:33:00.000-07:002009-10-13T19:15:35.970-07:00Neverending stories: from Bastian to Bastian...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMrgWFoFh8-SpI8sFBXzkcu6CBgbzwEyImS8PmcukHIkS985PD9-7hmBLdGyH1_DzYjot3u529VqRszlnkqg2ejzUdj8wJdWj5UEyQJ5I1kbrRGwdWk0987zosUttsNUzLqAJEJVNt1Xg/s1600-h/neverending_story_1984.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 151px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMrgWFoFh8-SpI8sFBXzkcu6CBgbzwEyImS8PmcukHIkS985PD9-7hmBLdGyH1_DzYjot3u529VqRszlnkqg2ejzUdj8wJdWj5UEyQJ5I1kbrRGwdWk0987zosUttsNUzLqAJEJVNt1Xg/s200/neverending_story_1984.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5392271266835133954" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(192, 192, 192);">Em 1984 e nos anos seguintes, várias crianças viveram a magia das aventuras de Atreyú & Bastian para salvar Fantasia.</span><br /><span style="color: rgb(192, 192, 192);">Na medida em que crescemos, descobrimos que as histórias chegam ao fim. O desencanto que se abate sobre nossos sonhos pueris vem tão gradativamente, que eles vão sendo substituídos por outros e outros sonhos. E, nas mais das vezes, chegamos ao mundo adulto com a sensação de que todos os sonhos se foram, e que histórias e estórias chegam ao fim. As desilusões muito constantes no universo dos adultos fazem com que não queiramos mais acreditar nos "fim(s)", ou seja, nos términos de fases que a vida nos impõe, pelo seu ritmo próprio. Chegamos cada vez mais próximos do abismo da morte, aquele onde, por mais que se creia num deus, nunca se tem certeza do que há ao fundo...</span><br /><br /><span style="color: rgb(192, 192, 192);">Pronto... somos adultos!</span><br /><span style="color: rgb(192, 192, 192);">Somos adultos pelo covarde e doloroso fato de termos subjulgado a criança que existe dentro de nós.</span><br /><br /><span style="color: rgb(192, 192, 192);">Quando crianças, quando vasculhávamos as estantes das bibliotecas procurando um livro com um signo que nos remetesse à nossa Fantasia, quando tínhamos a coragem de salvar um mundo inteiro pelo simples pronunciar de um nome, nunca nos demos conta do que diz o personagem Peter Pan, em Hook: "Viver ainda é a maior aventura".</span><br /><br /><span style="color: rgb(192, 192, 192);">A distância do nascimento e a aproximação da morte são verdades incontestáveis com o passar de nossos dias. Relativa, porém, é a sensação de vida e morte que produzimos a partir desse fato.</span><br /><span style="color: rgb(192, 192, 192);">Atentem, agora como adultos, para o tema do filme "A História Sem Fim":</span><br /><br /></div><table style="color: rgb(192, 192, 192); text-align: left; margin-left: 0px; margin-right: 0px;" id="tbl_traducoes" class="cor_2"><tbody><tr class="spc"></tr><tr class="spc"><td class="col2"><br /></td></tr><tr><td style="font-style: italic;" class="col1"><h3>Never Ending Story</h3></td> <td style="font-style: italic;" class="col2"><h3>História sem fim</h3></td> </tr><tr class="spc"><td style="font-style: italic;" class="col1"><br /></td><td style="font-style: italic;" class="col2"><br /></td></tr> <tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1">Turn around</td><td style="font-style: italic;" class="col2">Vire-se,</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Look at what you see....</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> olhe o que você vê,</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> In her face</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> na face dela,</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> The mirror of your dreams....</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> o espelho de seus sonhos.</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Make believe I'm everywhere</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> Faça de conta que eu estou em todos os lugares,</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Given in the light</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> entregue à luz.</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Written on the pages</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> Escrita nas páginas</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Is the answer to a never ending story...</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> está a resposta para uma história sem fim.</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Ah....</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> Ah...</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Reach the stars</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> Alcance as estrelas.</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Fly a fantasy....</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> Voe em uma fantasia.</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Dream a dream</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> Sonhe um sonho,</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> And what you see will be....</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> e o que você vê será</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Rhymes that keep their secrets</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> Rimas que guardam seus segredos</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Will unfold behind the clouds</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> vão revelar-se detrás das nuvens,</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> And there upon a rainbow</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> e lá por cima do arco-íris</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Is the answer to a never ending story...</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> está a resposta para uma história sem fim</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Ah....</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> Ah...</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Story...</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> História...</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Ah....</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> Ah...</td></tr><tr class="spc"><td style="font-style: italic;" class="col1 vazio"><br /></td><td style="font-style: italic;" class="col2"><em></em><br /></td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1">Show no fear</td><td style="font-style: italic;" class="col2">Não demonstre medo</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> For she may fade away...</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> pois ela pode desaparecer.</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> In your hand</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> Na sua mão</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> The birth of a new day...</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> O nascimento de um novo dia.</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Rhymes that keep their secrets</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> Rimas que guardam seus segredos</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Will unfold behind the clouds</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> vão revelar-se detrás das nuvens</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> And there upon a rainbow</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> E lá por cima do arco-íris</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Is the answer to a never ending story</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> está a resposta para uma história sem fim.</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Ah....</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> Ah...</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Never ending story...</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> História sem fim...</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Ah....</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> Ah...</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Never ending story...</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> História sem fim</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Ah....</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> Ah...</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Never ending story...</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> História sem fim</td></tr><tr class=""><td style="font-style: italic;" class="col1"> Ah....</td><td style="font-style: italic;" class="col2"> Ah...</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /><br /><span style="color: rgb(192, 192, 192);">Agora, vire-se e me diga o que você vê na face da sua vida: o espelho dos seus sonhos?</span><br /><span style="color: rgb(192, 192, 192);">Não tenha medo, alcance as estrelas e sonhe seus sonhos... pois, escrito nas páginas da sua vida está a resposta para a SUA história sem fim! Na sua mão está o nascimento de um novo dia... é só fazer de conta que Deus está em todo lugar e se entregar à luz...</span><br /><br /><span style="color: rgb(192, 192, 192);">Faça da sua história uma história (feliz) sem fim. Viva o adulto e a criança que existem em você...</span><br /><span style="color: rgb(192, 192, 192);">Depois, escreva simbolicamente seu livro e deposite simbolica e despretensiosamente numa estante de uma biblioteca qualquer. E escreva na dedicatória: "De Bastian para Bastian..."</span><br /><br /><span style="color: rgb(192, 192, 192);">P.S.: este post é de um Bastian para vários Bastians...</span></div>D. Mattienttihttp://www.blogger.com/profile/14491059111620133932noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-62365926699525615032009-09-02T14:00:00.000-07:002009-09-02T14:08:14.567-07:00Trust<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWg-avmbks7Eap_lL_Uebxxn61iKp8Tas9kv_C86jv8uGwtntKhq1g7-coayr6No5AaQF4aeZRDV8rEr5yXcibmL19c_mrpLU9yjO9MWk9nk5KRloGPwNgVOcYWofVJsWfdlBkQoN_pFA/s1600-h/geleira.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 400px; height: 270px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWg-avmbks7Eap_lL_Uebxxn61iKp8Tas9kv_C86jv8uGwtntKhq1g7-coayr6No5AaQF4aeZRDV8rEr5yXcibmL19c_mrpLU9yjO9MWk9nk5KRloGPwNgVOcYWofVJsWfdlBkQoN_pFA/s400/geleira.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5376979755181060914" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(102, 255, 255);">Só com o tempo (e com perdas e danos) você aprende (da pior maneira possível) que a confiança é como uma enorme geleira. O esforço que foi realizado pelo frio para congelar e acumular aquela enorme quantidade de água e construir tal sólida muralha para, no calor de uma discussão, palavras ferinas tocarem a superfície de cristal e transformarem num caudaloso rio de lágrimas...</span><br /><br /><span style="color: rgb(102, 255, 255);">Poético? Passe por isso e me diga onde está o efeito parnasiano nesse desastre...</span><br /><span style="color: rgb(102, 255, 255);">Seria poético se não fosse... (trágico? Outra frase feita que tende à poesia...?)</span><br /></div>D. Mattienttihttp://www.blogger.com/profile/14491059111620133932noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-44870939381154374922009-08-18T05:20:00.001-07:002009-08-18T05:30:57.573-07:00Bridges...<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9mJFSzobz-dO4c_y3sQUIJ2-xZ7f_7EDbyTqnEJNJPp5IOA4jQP9JMQBQvM60Na7gFddTt2EOHuJyFu1vzzL8GrYNWAHqy3fMszjpo47Qi-x8txW2GUqthkQuza05AupUaT4nLvl91M0/s1600-h/misty.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 400px; height: 94px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9mJFSzobz-dO4c_y3sQUIJ2-xZ7f_7EDbyTqnEJNJPp5IOA4jQP9JMQBQvM60Na7gFddTt2EOHuJyFu1vzzL8GrYNWAHqy3fMszjpo47Qi-x8txW2GUqthkQuza05AupUaT4nLvl91M0/s400/misty.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5371277917882930786" border="0" /></a><span style="font-size: 12pt; font-family: verdana; color: rgb(204, 0, 0);">Pontes,</span><br /><span style="font-size: 12pt; font-family: verdana; color: rgb(204, 0, 0);">intermediários,</span><br /><span style="font-size: 12pt; font-family: verdana; color: rgb(204, 0, 0);">meios,</span><br /><span style="font-size: 12pt; font-family: verdana; color: rgb(204, 0, 0);">medianeiros...</span><br /><span style="font-size: 12pt; font-family: verdana; color: rgb(204, 0, 0);">médiuns...</span><br /><span style="font-size: 12pt; font-family: verdana; color: rgb(204, 0, 0);"> </span><br /><span style="font-size: 12pt; font-family: verdana; color: rgb(204, 0, 0);"> Diz-se que todos são <span style="font-style: italic;">médiuns</span>, na acepção espírita da palavra.</span><br /><span style="font-size: 12pt; font-family: verdana; color: rgb(204, 0, 0);"> Para além desta, e numa compreensão mais geral, eu concordo com a assertiva.</span><br /><span style="font-size: 12pt; font-family: verdana; color: rgb(204, 0, 0);"> Cabe a pergunta: que tipo de ponte eu sou? O que eu ligo? O que eu transponho?</span><br /></div>D. Mattienttihttp://www.blogger.com/profile/14491059111620133932noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-49220564421379378302009-08-17T19:30:00.000-07:002009-08-17T19:39:50.753-07:00Ha-dou-ken...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHlRh1M2DNigAF9rvaQvxtIocEC96v3FRz8UPuktl7mFBJkqOYZExggb87p4tt7l_GD8p2foaG8eE0CTA7ICIUoFyV532KRYsaXMmk-E21JACO1hXmxz7Lnqtn73CmbopZIXxmt0kLIz8/s1600-h/sfv21.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 252px; height: 191px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHlRh1M2DNigAF9rvaQvxtIocEC96v3FRz8UPuktl7mFBJkqOYZExggb87p4tt7l_GD8p2foaG8eE0CTA7ICIUoFyV532KRYsaXMmk-E21JACO1hXmxz7Lnqtn73CmbopZIXxmt0kLIz8/s400/sfv21.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5371127881440358818" border="0" /></a><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Foco...</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Adição de energias afins...</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Confinamento dessas energias...</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Controle e autoalimentação...</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Liberação num único "evento"...</span><br /><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">É assim que explodem energias intensas, como a da raiva.</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">O mesmo princípio pode ser usado a fins mais benéficos.</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Já tentou experimentar?</span>D. Mattienttihttp://www.blogger.com/profile/14491059111620133932noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-4897904168526586612009-08-06T06:42:00.000-07:002009-08-06T07:16:53.825-07:00Kiss from a rose: a beautiful history<div style="text-align: right;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDt8OAsqof5zPqv2wQmrmWuw6cmjsLd4u0fMfJyveKM4062rjr1CtR9O74d80kA1d3fvBLMTFYG_7X_CnzOkELRLSEA-lJQF8MFzFI17ens4hg_OlBDt5CYyzIWQ87-494tvRBPOI4wmo/s1600-h/r1.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDt8OAsqof5zPqv2wQmrmWuw6cmjsLd4u0fMfJyveKM4062rjr1CtR9O74d80kA1d3fvBLMTFYG_7X_CnzOkELRLSEA-lJQF8MFzFI17ens4hg_OlBDt5CYyzIWQ87-494tvRBPOI4wmo/s200/r1.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5366851675600535730" border="0" /></a><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(255, 255, 0);">Fiquei sabendo essa semana e resolvi compartilhar...</span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbLpYFM1Y37HIic4PfiyHXbwpylyaspUvsJEs41sWCQgxckfhbXkXNUUfcQh_D9jFHSF_yjhNxcWc827Tk6h8WOh3Ar7JCxw8DUKFw65OFyoFrldeJd4ICF75UKcBbsqGCjNA267uO_m4/s1600-h/r2.JPG"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbLpYFM1Y37HIic4PfiyHXbwpylyaspUvsJEs41sWCQgxckfhbXkXNUUfcQh_D9jFHSF_yjhNxcWc827Tk6h8WOh3Ar7JCxw8DUKFw65OFyoFrldeJd4ICF75UKcBbsqGCjNA267uO_m4/s200/r2.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5366852272654489298" border="0" /></a><span style="color: rgb(255, 255, 0);">Quando do desencarne do meu pai, uma grande amiga da família e de movimento espírita também nos deixou, porém uma semana antes. Isso aumentou o vazio sentido por todos, especialmente do grupo espírita a que pertenciam.</span> <span style="color: rgb(255, 255, 0);">Cito, especialmente, uma outra grande amiga nossa, que vocês conhecerão aqui pelo singelo pseudônimo de "Chefinha", como eu a chamo por já ter trabalhado com ela.<br /><br /><br /></span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKcZ7yqa_1DP9so9ZsflP-LN-iKOGPOBfSkgJDL6EqS8aH0sota8y9dbyqlU6On2LAJQ8LvNBpRwjLB23LfzY5g3pmxYhzkQCvajr1Dx13y1y9tvE4BF1ksvRM-bXj-pBoGHK0KdNi2Bw/s1600-h/r3.JPG"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKcZ7yqa_1DP9so9ZsflP-LN-iKOGPOBfSkgJDL6EqS8aH0sota8y9dbyqlU6On2LAJQ8LvNBpRwjLB23LfzY5g3pmxYhzkQCvajr1Dx13y1y9tvE4BF1ksvRM-bXj-pBoGHK0KdNi2Bw/s200/r3.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5366852629671547186" border="0" /></a><span style="color: rgb(255, 255, 0);">Chefinha, sentindo esse grande vazio, foi intuida, na volta de uma viagem, a adquirir 3 roseiras. Escolhendo-as, de cores diferentes, nomeou cada uma com o nome de uma dessas pessoas que ela sentia falta (meu pai, nossa amiga e a madrinha dela).</span> <span style="color: rgb(255, 255, 0);">Na véspera do florescimento de cada roseira, nossa Chefinha teve sonhos com meu pai e com nossa amiga. Também foi intuída, por ocasião dos sonhos, a entregar uma rosa de cada roseira, respectivamente, à minha mãe e à filha de nossa amiga.</span><br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUmZiKGdflplhs7W7KPwKOIDKz2lPsCfSuxKiJ4DNUF6lNlSwWVGs7ZGStmKBU6zQyzosY5rujGdt2XWjSyurcoGPfNXcgIUFeKnbJYcFlf29fP9UAzq33eX9n1meG6Oq3unK3NgGMGNQ/s1600-h/r4.JPG"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 150px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUmZiKGdflplhs7W7KPwKOIDKz2lPsCfSuxKiJ4DNUF6lNlSwWVGs7ZGStmKBU6zQyzosY5rujGdt2XWjSyurcoGPfNXcgIUFeKnbJYcFlf29fP9UAzq33eX9n1meG6Oq3unK3NgGMGNQ/s200/r4.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5366853061757837778" border="0" /></a><span style="color: rgb(255, 255, 0);"><br />Na semana passada, Chefinha me contou essa história e me enviou fotos das roseiras. A do meu pai é a branca.</span><br /><br /><br /><span style="color: rgb(255, 255, 0);"><br /><br /><br /><br /></span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikzmfwCqoVN2cFBAkbMAWDm8-giCTsWKurUbAx839mUywg1RiSgre8E-QP0riOzl2fkThkRb113IsZvf2YAtwlfBkE1IsxitmiSWbq0tliwJHbyDtkM6qqy_nz-Qtxjxi9BdHHzbNFhgo/s1600-h/r5.JPG"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 150px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikzmfwCqoVN2cFBAkbMAWDm8-giCTsWKurUbAx839mUywg1RiSgre8E-QP0riOzl2fkThkRb113IsZvf2YAtwlfBkE1IsxitmiSWbq0tliwJHbyDtkM6qqy_nz-Qtxjxi9BdHHzbNFhgo/s200/r5.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5366853350250701090" border="0" /></a><br /><br /><span style="color: rgb(255, 255, 0);">Fiquei muito emocionado com esse <span style="font-style: italic; font-weight: bold;">beijo</span>, com perfume de rosas, que veio de longe e de forma tão inusitada. Especialmente porque meu pai não deixava de dar rosas à minha mãe em ocasiões especiais.</span><br /><br /><br /><br /><span style="color: rgb(255, 255, 0);"><br /><br /><br />Mais uma vez, Chefinha, obrigado!<br /><br /></span><div style="text-align: right;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiky82cyLa-zWJxDrftdmgVIgDfK5hyphenhyphenR-t03xsdMQnuqsXQZXdL63gcWRo_MZpIqTprgC-6Q3u_JGZjhQLVlnkkbr7C2TCKMBjebk120H6pI3U1u-MG1vOK8TTvT6o6VzniHfdOCs3bqVY/s1600-h/r6.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiky82cyLa-zWJxDrftdmgVIgDfK5hyphenhyphenR-t03xsdMQnuqsXQZXdL63gcWRo_MZpIqTprgC-6Q3u_JGZjhQLVlnkkbr7C2TCKMBjebk120H6pI3U1u-MG1vOK8TTvT6o6VzniHfdOCs3bqVY/s200/r6.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5366853594630081474" border="0" /></a><span style="font-size:78%;"><span style="color: rgb(255, 255, 102); font-weight: bold; font-style: italic;">(Fotos: H. A. - "Chefinha")</span></span><br /></div></div>D. Mattienttihttp://www.blogger.com/profile/14491059111620133932noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-51473825176342065252009-07-23T10:10:00.000-07:002009-07-23T11:38:40.516-07:00Old Enemy, New (Best) Friend...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiugbVIasJCKtaDfU6pi2D8fcEufbiaAnX6G5SRWu-ZOi_mqaG0yxPTBHe9x9rgIr85wHykrBtuBzNJOjsBvGXxYwoMkpWdWDGUN4nGlDp1mGx0oy-6mbb-L2tht1hWbgj_u4vwkTCvPIc/s1600-h/taberna%2520M.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 126px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiugbVIasJCKtaDfU6pi2D8fcEufbiaAnX6G5SRWu-ZOi_mqaG0yxPTBHe9x9rgIr85wHykrBtuBzNJOjsBvGXxYwoMkpWdWDGUN4nGlDp1mGx0oy-6mbb-L2tht1hWbgj_u4vwkTCvPIc/s200/taberna%2520M.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5361725444591913522" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Acho que foi assim...</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">A primeira vez que eu a vi, ela estava do outro lado do estádio... é, torcida adversária... balançando bandeira, xingando, fazendo caretas... coisa de torcedor fanático mesmo...</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Na saída do jogo, sempre tinha um conflito, nem que fosse pelo menos bate boca. A gente se encontrava em ônibus, no centro da cidade, no shopping, nas compras de supermercado, em filas quaisquer... e sempre torcendo o nariz um pro outro, de alguma forma!</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Um dia, o jogo dos times foi prá outro estádio, e uns caras que nós nem sabíamos que conheciam nós dois, nos chamaram, coincidentemente, prá assistir o jogo no mesmo bar. A gente se viu e já eriçou os pêlos e garras... isso durou um bom tempo (uns nove meses, mais ou menos).</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">A surpresa foi que A LUZ DO BAR ACABOU! Sacanagem! Não tinha nada há milhas de distância que pudesse transmitir o jogo. "E agora? Vamo imbora?" - perguntei. "Num dá" - falou meu amigo. "Agora, curte, meu rei, por que a gente não vai embora até daqui há um bom tempo."</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Então, eu estava preso, naquele lugar, com aquela adversária. Como não bastasse, quando o bafafá da falta de energia acabou, alguém teve a brilhante idéia de juntar as mesas. E acabamos, frente a frente, numa distância muito pequena.</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Calma lá que ainda vai ficar pior... a cerveja acabou! É, a gente tava sóbrio, sem cerveja, sem algo que nos transportasse prá fora daquela situação. E a irritação aumentou...</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Foi quando alguém parou no meio da gente e disse: "é... sóbrios, sem futebol e sem motivos prá brigar... que bonito isso! Essa mesa é um LAR!"</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">E a gente se tocou da nossa palhaçada em todas as situações anteriores...</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Chamei o garçom e perguntei o que tinha prá ingerir. Ele trouxe um pacote de sal, fechado. E ainda disse que era o único.</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">"Vamos dividir...?" perguntei, meio tímido. Ela fez um gesto afirmativo e deu uma mãozada no sal. Silêncio constangedor. Melhor quebrar isso logo: "Seu nome é...?" E uma voz maternal, que só conhecia a gritos, respondeu calmamente: "Corina"... "Prazer, Divaldo"...</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">E a conversa começou... isso tem uns 33 anos, e contando... sem prazo prá acabar...</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">E a inimiga virou minha melhor amiga.</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">O saco de sal? Acabou não. A gente passou a ver os jogos na casa dela, na cozinha dela, com a comida dela... hum...</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">É isso aí, amiga...</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Foi muito tempo de briga. Tanto tempo que a gente nem sabe quanto foi.</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Graças a Deus, a gente foi colocado nessa "mesa de bar", sem futebol, e com aquele pacote de sal*.</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Que Deus abençoe esse dia, em que você aceitou a missão de ser MINHA MÃE!</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">E que Maria, A Mãe, te cubra com Teu Manto Sagrado, hoje e sempre!</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Te amo! Muito! Mesmo!</span><br /></div><br /><div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7u6HbiqS64fJ5lHMtmZXYYqEC78aNzmgJpEZsBBN-WWI_x2Z6HcanmW5E6ytwarI5p8H8ZUSSHb4pIsDLoYmP50nF3ra_dCgwr1XhK4Q9wMH5Ngwir7d8eqfNKlkWuf4JPVm5Md3PAGU/s1600-h/mom&i.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 184px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7u6HbiqS64fJ5lHMtmZXYYqEC78aNzmgJpEZsBBN-WWI_x2Z6HcanmW5E6ytwarI5p8H8ZUSSHb4pIsDLoYmP50nF3ra_dCgwr1XhK4Q9wMH5Ngwir7d8eqfNKlkWuf4JPVm5Md3PAGU/s200/mom&i.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5361725865008613522" border="0" /></a><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-size:78%;" >*Ela me ensinou que a gente só conhece uma pessoa se comer, pelo menos, um quilo de sal com ela...</span><br /></div>D. Mattienttihttp://www.blogger.com/profile/14491059111620133932noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-61038936038736706822009-07-14T04:07:00.000-07:002009-07-14T04:13:49.383-07:00Lessons from thousands of years<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyTbKTe8pR73PbhIfTtMDeKDo7ez4LTDGtnAeOtlCo20NxwWnJOzknyhKTctl8u_xE4if-zVmXtR3NiwxDqAl3gDNisvObY9sHdVHh4aMSACxDPyiZbWRwbyTqDJ3HglvdmUnDOUdE_wE/s1600-h/man+and+circle.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyTbKTe8pR73PbhIfTtMDeKDo7ez4LTDGtnAeOtlCo20NxwWnJOzknyhKTctl8u_xE4if-zVmXtR3NiwxDqAl3gDNisvObY9sHdVHh4aMSACxDPyiZbWRwbyTqDJ3HglvdmUnDOUdE_wE/s200/man+and+circle.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5358271293994269682" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-family: georgia; font-style: italic;">Um bom homem desenha um círculo ao redor dele e se ocupa dos que estão dentro... sua mulher, seus filhos...</span><br /><span style="font-family: georgia; font-style: italic;">Outros homens desenham um círculo maior, e dentro dele estão também seus irmãos...</span><br /><span style="font-family: georgia; font-style: italic;">Outros homens têm um destino superior. Têm que desenhar ao seu redor um círculo dentro do qual estejam muitas, muitas pessoas.</span><br /></div><div style="text-align: right; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-size:78%;">(personagem Tic Tic, de <span style="font-style: italic; font-weight: bold;">10.000 B.C.</span>)<br /></span></div><br /><div style="text-align: right;"><span style="color: rgb(204, 204, 204);">... e o mundo nunca esteve tão precisado do último tipo citado...</span><br /></div>D. Mattienttihttp://www.blogger.com/profile/14491059111620133932noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-64724542745460591902009-07-06T06:56:00.000-07:002009-07-06T07:52:28.199-07:00To my Optimus Prime...<a style="color: rgb(0, 0, 0);" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQGv9J5Ecf7vjrCXN60mWFba9Q1cZoRRW_-bbruhOKPIINZ9KL5o4Tj8gZ3mcYbWxHeMe4JddF1A3FN84aibbPapb2kWGt9HapZlBX1bd4biRlscEGmKPZRI4YrDWSZCVdEr5EjAjZl3w/s1600-h/optimus-prime.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 171px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQGv9J5Ecf7vjrCXN60mWFba9Q1cZoRRW_-bbruhOKPIINZ9KL5o4Tj8gZ3mcYbWxHeMe4JddF1A3FN84aibbPapb2kWGt9HapZlBX1bd4biRlscEGmKPZRI4YrDWSZCVdEr5EjAjZl3w/s200/optimus-prime.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5355350163003094994" border="0" /></a><br /><div style="text-align: center; color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 255, 255);"> Obrigado por ter me concedido a vida</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Obrigado na prisão e na saída</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Obrigado pela dor, </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 255, 255);">pelo carinho</span><span style="color: rgb(255, 255, 255);"></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 255, 255);"><br />Obrigado pelo amor, pelo caminho</span><span style="color: rgb(255, 255, 255);"></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 255, 255);"><br />Obrigado pela luz, pela saúde</span><span style="color: rgb(255, 255, 255);"></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 255, 255);"><br />Se eu não fiz o que eu não quis</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Não fiz, não pude</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Quero amor pra todo mundo</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">O tempo inteiro</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Seja o que for, serei melhor, mais verdadeiro</span><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 255, 255);"> Obrigado, obrigado,</span><span style="color: rgb(255, 255, 255);"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 255, 255);"> Obrigado pela mente, pelo coração</span><span style="color: rgb(255, 255, 255);"></span><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 255, 255);"><br />Obrigado, obrigado</span><span style="color: rgb(255, 255, 255);"> </span><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 255, 255);"> Obrigado pelo sonho e a realização</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Obrigado pelo lado esquerdo e o direito</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Obrigado pela qualidade e o defeito</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Obrigado pelo som, pelo silêncio</span><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 255, 255);"> Obrigado porque eu sinto, porque eu penso</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Obrigado, obrigado</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Obrigado pela mente, pelo coração</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Obrigado, obrigado</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Obrigado pelo sonho e a realização</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Obrigado pela luz, pela saúde</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Se eu não fiz o que não quis</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Não fiz, não pude</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Quero amor pra todo mundo</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">O tempo inteiro</span><br /><span style="font-style: italic; font-weight: bold; color: rgb(255, 255, 255);"> Seja o que for serei melhor, mais verdadeiro</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Obrigado, obrigado,</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Obrigado pela mente, pelo coração</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Obrigado, obrigado</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Obrigado pelo sonho e a realização<br /></span><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);"><span style="font-size:78%;">(Fábio Jr. - <span style="font-style: italic;">Obrigado</span>)</span></span><br /></div><span style="color: rgb(255, 255, 255);"><br />Esse ano está mais vazio sem você por aqui. Mas o céu está com uma estrelinha a mais desde que você partiu, meu pai, meu amigo, meu líder, meu herói...</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Hoje, te vejo no céu, toda noite, pertinho da Lua.</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Para cada dia 5, que me entristece, vem um dia 6, para me lembrar de nossas alegres comemorações... E se todo ano vai ter um dia 5 de fevereiro, também vai ter um 6 de julho...</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Os agradecimentos estão em negrito; seu legado e minha promessa estão em negrito itálico.</span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Sua bênção, meu pai. E que Deus te abençoe, onde quer que você esteja!!! Te amo, cara!</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);"></span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);"></span></div> </div>D. Mattienttihttp://www.blogger.com/profile/14491059111620133932noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-85484431988269511282009-07-01T05:59:00.000-07:002009-07-01T06:46:16.068-07:00The wood between the worlds<div style="text-align: right;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhymUGzA5QPCpAWuXoVyY6XYaAwIlFwcl2_3eA6IbHrgDtY9YE5DVeB7Na3ctFW1YJJVm9djintKFMh8DsoREuQYD8UmCcAqSKLXqxziaSZ7tWnfS3G-w54v69NIbnTkmkhD0VEtXcCHEY/s1600-h/bosque+entre+dois+mundos.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhymUGzA5QPCpAWuXoVyY6XYaAwIlFwcl2_3eA6IbHrgDtY9YE5DVeB7Na3ctFW1YJJVm9djintKFMh8DsoREuQYD8UmCcAqSKLXqxziaSZ7tWnfS3G-w54v69NIbnTkmkhD0VEtXcCHEY/s200/bosque+entre+dois+mundos.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5353482609380118962" border="0" /></a><span style="font-size:78%;"><span style="color: rgb(204, 204, 204); font-style: italic;font-family:verdana;" >I've...become so numb<br /></span></span><span style="font-size:78%;"><span style="color: rgb(204, 204, 204); font-style: italic;font-family:verdana;" >I can't feel you there</span><br /></span><span style="font-size:78%;"><span style="color: rgb(204, 204, 204); font-style: italic;font-family:verdana;" > I've become so tired<br /></span></span><span style="font-size:78%;"><span style="color: rgb(204, 204, 204); font-style: italic;font-family:verdana;" >So much more aware.</span><br /></span><span style="font-size:78%;"><span style="color: rgb(204, 204, 204); font-style: italic;font-family:verdana;" > I've becoming this,</span></span><span style="font-size:78%;"><span style="color: rgb(204, 204, 204); font-style: italic;font-family:verdana;" > all I want to do</span><br /></span><span style="font-size:78%;"><span style="color: rgb(204, 204, 204); font-style: italic;font-family:verdana;" > Is be more like me</span><br /></span><span style="font-size:78%;"><span style="color: rgb(204, 204, 204); font-style: italic;font-family:verdana;" > And be less like you.</span><br /></span><span style="font-size:78%;"><span style="color: rgb(204, 204, 204); font-style: italic;font-family:verdana;" >(Linkin Park, Numb)</span><br /></span></div> <div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><br /><br />Em O Sobrinho do Mago (The Magician's Nephew), cronologicamente a primeira das Crônicas de Nárnia, os protagonistas (Digory e Polly) se encontram, em determinado momento, numa "antesala" de mundos: o bosque entre os mundos (capítulo 3). O bosque apresenta lagos, e cada lago é uma porta para um outro mundo.<br />Muitas vezes, em nossa vida, nos encontramos nesse bosque, com várias escolhas a frente. É interessante notar que, no livro, a água dos lagos não é cristalina, ou seja, não é possível ver para qual mundo as crianças estão indo. Dessa forma, a metáfora se encaixa muito bem na vida real, pois também não temos ciência da consequência real das escolhas que fazemos antes delas serem feitas.<br /><br />Mas, diga-me cá: você já quis estar no bosque? Apenas no bosque? Você já quis esperar que as águas turvas se tornem límpidas para assistir ao que está acontecendo, sem escolher ou interferir?<br /><br />E se você se tornasse "prisioneiro" desse bosque? E se seu "algoz" (o tirano que te "aprisionou") fosse você mesmo?<br /></div><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">E lá estou eu, aguardando o resgate do Peregrino da Alvorada (Dawn Treader)...</span>D. Mattienttihttp://www.blogger.com/profile/14491059111620133932noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-28835093045177242302009-06-16T12:08:00.000-07:002013-01-29T18:17:18.321-08:00Sins of the past, signs of a future..<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlYCF5j7mIxBcZe8bmu2c50rMeG_C8ASr0gLV6spHD_6ByH8atkLfiXgppIX-I_Qk7oRIOmvPVDA_duVQUDCZgQVbsN3YyboCGiwoVEZEwmetzIbPWa3HQV8l6ArPMFShSKUwWGJj-VCo/s1600-h/rosa_negra.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5348016724214719250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlYCF5j7mIxBcZe8bmu2c50rMeG_C8ASr0gLV6spHD_6ByH8atkLfiXgppIX-I_Qk7oRIOmvPVDA_duVQUDCZgQVbsN3YyboCGiwoVEZEwmetzIbPWa3HQV8l6ArPMFShSKUwWGJj-VCo/s200/rosa_negra.jpg" style="cursor: pointer; float: right; height: 200px; margin: 0pt 0pt 10px 10px; width: 200px;" /></a><br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-style: italic;"><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><span style="color: #993300;">Teardrop on the fire</span></span><span style="color: #993300; font-style: italic;"><br />Fearless on my breath</span></div>
<div style="color: #993300; text-align: right;">
<span style="font-size: 78%;">(Massive Attack, Teardrop)</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #993300;">Você já foi visitado pelo seu passado? Vocês se sentaram prá tomar umas? Foi um encontro amigável? Ou seu passado é "o espectro que assombra"?</span><br />
<span style="color: #993300;">Escolhas geram consequências... pensar em certo e errado é algo que vai nos remeter a morais religiosas e éticas de toda espécie. Muitas vezes os espectros que nos rondam, de tempos tão longínquos, são apenas tentativas de acertos equivocadas. Outras vezes, são coisas das quais nos envergonhamos mesmo. Outras, ainda, são aquilo que nos torna um pouco psicopatas... simplesmente, "não é com a gente".</span><br />
<br />
<span style="color: #993300;">Não quero ninguém lendo isso e tendo pesadelos acordado, revisitado por fantasmas pseudo-exorcizados há tempos - por favor... fantasmas exorcizados não voltam a assombrar...</span><br />
<span style="color: #993300;">Só queria compartilhar que fui visitado por um dos meus inúmeros espectros... sempre que isso acontece, eu tenho uma descarga de adrenalina, que me gela por dentro, e uma profunda melancolia byroniana que pode perdurar por um bom tempo.</span><br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFgzecab9taMSCEVSpFg2Xyd8dvXkBYhv3F53JBjFwulQNu9JVotoyfh1bi8XShNHZ2aZMykVpL70dZ4yX5SFTk7uXSl-pXs2aOJie3Phomn_6WdHQkVLzqWQE_l_wvWqlyuqFxipnuxY/s1600-h/JimRicheyFrozenTears.JPG" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5348016861864698754" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFgzecab9taMSCEVSpFg2Xyd8dvXkBYhv3F53JBjFwulQNu9JVotoyfh1bi8XShNHZ2aZMykVpL70dZ4yX5SFTk7uXSl-pXs2aOJie3Phomn_6WdHQkVLzqWQE_l_wvWqlyuqFxipnuxY/s200/JimRicheyFrozenTears.JPG" style="cursor: pointer; float: left; height: 139px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 112px;" /></a><span style="color: #993300;">Ainda não sei como lidar com isso. Se os </span><span style="color: #993300; font-style: italic;">pecados do passado</span><span style="color: #993300;"> ficam rondando e assombrando, é uma questão de tempo para eles se tornarem, de fato, </span><span style="color: #993300; font-style: italic;">sinais de um futuro cheio de medo</span><span style="color: #993300;">. E viver com medo não é uma opção. Afinal, até suas lágrimas congelarem, você vai se ferir com elas...</span><br />
<br />
<br /></div>
D. Mattienttihttp://www.blogger.com/profile/14491059111620133932noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-13414863017813780032009-06-09T13:26:00.000-07:002009-06-09T14:59:40.562-07:00Night mist<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMZLxyeqxWTONtdOZhOarvI1AeVXjZ1y7yng7UePc_aL_93RIZ7iIbdxq9A3DV2YtXXAgEI3ZfGJ_qOF-5J-XgsZKlxyxbeYZKGw-dUEFNHsT-JOhGgsKJzKoK2K_0a-R_x6z9ZI-Gk6o/s1600-h/mist.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 278px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMZLxyeqxWTONtdOZhOarvI1AeVXjZ1y7yng7UePc_aL_93RIZ7iIbdxq9A3DV2YtXXAgEI3ZfGJ_qOF-5J-XgsZKlxyxbeYZKGw-dUEFNHsT-JOhGgsKJzKoK2K_0a-R_x6z9ZI-Gk6o/s400/mist.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5345450083116492162" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(153, 153, 255);">Fui surpreendido, recentemente, por um fenômeno de bruma densa na cidade onde agora resido. Minha cidade natal, bem como as cidades por onde passei, nunca tinham me proporcionado espetáculo tão diferente.</span><br /><span style="color: rgb(153, 153, 255);">Lembrei-me da minha leitura de "As brumas de Avalon", e que todos nós assumimos papéis semelhantes aos dos personagens da trama. As mulheres de Avalon me fascinaram desde a primeira leitura...</span><br /><br /><span style="color: rgb(153, 153, 255);"><span style="font-weight: bold; font-style: italic;">Igraine </span>atravessa não só as terras de Avalon e o mar que a separa em direção à Bretanha dos cristãos. Atravessa também toda a sua fé em direção a uma nova realidade religiosa e moral. Num momento, Igraine simboliza nossa grande transição ao mundo adulto, bem como algumas transições que fazemos ao abraçar uma religião (ou ao abraçar uma nova religião). Mas é interessante notar que ela o faz em função de sua antiga religião (ou, na comparação aqui colocada, em função de seu modus vivendi anterior). Isso entra em choque quando Viviane e Merlin a pedem que mude, novamente, seu destino, contrariando os preceitos morais que havia assumido, para novamente atender seu modus vivendi anterior à mudança. Igraine poderia simbolizar nossa pseudo-aceitação e resistência a mudanças, uma resignação corajosa e contestadora (por mais antitético que essa expressão possa parecer).</span><br /><br /><span style="color: rgb(153, 153, 255);"><span style="font-weight: bold; font-style: italic;">Viviane </span>é a constância, a resignação. Ela simboliza vários de nós quando nos satisfazemos num projeto de vida qualquer, após um sacrifício ora prazeiroso, ora doloroso. A grande sacerdotiza de Avalon é a mãe "de coração", a pessoa vivida que nos conhece e que já trilhou o caminho por onde passamos - ou, as vezes, simboliza a nós quando falamos com alguém que anda trilhando passos que já trilhamos.</span><br /><span style="color: rgb(153, 153, 255);">É bom se sentir "Viviane", tanto quanto é sofrido. Não se pode viver a vida dos outros. Muitas vezes, sabemos que alguém vai cair onde caimos, mas que vai sorrir onde sorrimos.</span><br /><br /><span style="color: rgb(153, 153, 255);"><span style="font-weight: bold; font-style: italic;">Morgause </span>é a ambição velada de todo ser humano. Ela simboliza, paralelamente, a certeza de sermos coadjuvantes em alguns momentos da vida e, em consequência, nossa negação a sermos coadjuvantes. Em paralelo, Morgause é nossa vontade constante de sempre melhorarmos. Em alguns, isso é uma obsessão. Controlado, é uma das melhores receitas de vida que poderemos ter.</span><br /><br /><span style="color: rgb(153, 153, 255);">Lembraria, em tempo, saindo da linhagem principal da trama, <span style="font-weight: bold; font-style: italic;">Raven</span>, a sacerdotiza muda de Avalon. Raven é o que reprimimos em nós em prol de um ideal maior. E seu grito, quando Avalon "cai", é nossa revolta pelo que vemos de podre e não conseguimos mudar com nosso sacrifício. Raven é nossa consciência, nossos esforços para o bem comum, mas é nossa primeira blasfêmia também. Raven é a dúvida de que o que fazemos fará diferença no mundo que nos rodeia.</span><br /><br /><span style="color: rgb(153, 153, 255);">Por fim, mas não menos importante: <span style="font-weight: bold; font-style: italic;">Morgana</span>. Morgana é cada um de nós, e as esperanças de um grande futuro. Nas versões mais difundidas da saga de Arthur, Morgana se assemelha muito ao papel de Morgause, com a diferença de que ela se pretende a protagonizar a vida e faz por onde. Mas, de fato, Morgana simboliza "aquele que vence".</span><br /><br /><br /><span style="color: rgb(153, 153, 255);">É um clima agradável entre as brumas. O rosto se umidifica, não se vê nada a distância. O brilho da Lua está sobre você, e sob a benção da mãe da noite você se sente livre para olhar para dentro de si. Quando olhamos no espelho prateado da Lua, é possível nos ver. Quando a bruma nos envolve, só temos como nos sentir, como se nosso espelho se esvaecesse ao nosso redor. É uma sensação nova, que recomendo a todos.</span><br /><br /><span style="color: rgb(153, 153, 255);">Boas lembranças a bruma trouxe. Boas reflexões...</span></div>D. Mattienttihttp://www.blogger.com/profile/14491059111620133932noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-27083482059660771942009-05-14T17:12:00.000-07:002013-01-29T18:06:40.741-08:00Hate - an eclipse in soltice<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8MSCDjWRqW5WC5PfMH34DXQDhnmlgaxUloKFe38afurzVVWhq2XneaKFS0p1pU4el8n8cGsf6qy5oCBlkCCza-5vpPV2FCCYTEI2kxL1xRYCExQTVh5_6hcAcAMn-8B3mSnjkFzyL_2M/s1600-h/eclipse-bg_1600.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5335843044497349362" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8MSCDjWRqW5WC5PfMH34DXQDhnmlgaxUloKFe38afurzVVWhq2XneaKFS0p1pU4el8n8cGsf6qy5oCBlkCCza-5vpPV2FCCYTEI2kxL1xRYCExQTVh5_6hcAcAMn-8B3mSnjkFzyL_2M/s320/eclipse-bg_1600.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 240px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 320px;" /></a><br />
<div style="color: #ff6666; text-align: justify;">
<span style="font-style: italic;">O que projetamos, temos de volta. Mas tudo precisa, primeiro, refletir, e a ação de absorção e devolução no objeto refletor deixa suas marcas neste. As cicatrizes da Lua são, assim, caracterizadas, quando do soltício: o que se refletiu nela deixou lá suas marcas... Por isso, de quando em vez, a Lua se esconde para chorar as cicatrizes... É o que se chama de eclipse...</span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">Assim é o ódio. Não há que se negar, é uma grande força, uma força que transforma o bicho-homem. É algo que nos leva às entranhas e erige de nós o que de pior pode haver.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Antes que a Lua em soltício pudesse se esconder, pude ver meu ódio nela. Foi bestial. E, por mais que eu tivesse me assustado, eu me admirei: é potência pura, algo forte, que tem a convicção de arrancar tudo que lhe atravanque o caminho. Os maiores impérios que este mundo já viu foram construídos com isso, com essa força destrutiva, como os espetáculos destrutivos da natureza.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Mas a Lua reteve meu ódio com ela por alguns instantes. Como que despertasse, vi o que sou com ódio, mas com os olhos da Lua. Quando me devolveu meu ódio, a Lua se virou, aos prantos, assustada.</span><br />
<span style="font-style: italic;">E quando a luz me traiu pelo período do eclipse, entendi que o ódio é força, não poder. Entendi que bestas não se curvam à dor ou à morte apenas porque desconhecem amor ou vida. Entendi que potência sem controle não é nada, e que entre convicção e verdade, há um abismo. Quanto aos impérios construídos pelo ódio, larga foi sua extensão, mas nenhum deles se manteve.</span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">Ainda preciso pedir perdão à Lua...</span></div>
D. Mattienttihttp://www.blogger.com/profile/14491059111620133932noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6250346638619355561.post-35856204529476624182009-05-12T13:43:00.000-07:002009-05-12T14:15:47.192-07:00Moon over the Plato's cave (A Lua sobre a caverna de Platão)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhKtQwwZCu35WEsdtmSXBo9hNHeBTCQf0Y36hlz07NqHSXfNopno2uEXutRDHXsyde5ELl0lLz4OLUYDbRxpHh4SZQBAVdxIqchCEJvnWP4gc9PJF-tW-4EeGiEAvu4Td2kJaxLj1EjRA/s1600-h/cavernas-11.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 247px; height: 165px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhKtQwwZCu35WEsdtmSXBo9hNHeBTCQf0Y36hlz07NqHSXfNopno2uEXutRDHXsyde5ELl0lLz4OLUYDbRxpHh4SZQBAVdxIqchCEJvnWP4gc9PJF-tW-4EeGiEAvu4Td2kJaxLj1EjRA/s320/cavernas-11.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5335048419130361266" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;">Todos nós já passamos por um Solstício da Lua. Onde estávamos quando isso aconteceu é que dá o tom ao acontecido...<br />Da mesma forma, todos nós já passamos por um Solstício da Lua dentro da <span style="font-style: italic;">nossa caverna de Platão</span>. Quando a Lua nos projeta as sombras das pessoas que nos rodeiam no fundo da caverna, nós desenhamos e descrevemos o que vemos com nossos olhos. E, mais do que isso, nos julgamos.<br />De uma maneira ou de outra, a necessidade nos faz sair da caverna, e passamos, então, a ser sombras no fundo da caverna dos outros. E, assim como inscrições rupestres, nós passamos a ser imagens idealizadas pelas mentes e olhos - e pré-conceitos - de pessoas que viram apenas sombras. E as imagens são desenhadas enquanto expectativas ou preconceitos...<br /><br />Dói ser um caricato e dói fazer doer em outro a ausência do que ele esperava em nós. Se serve de consolo, isso é inevitável, pois lutamos contra o medo de conhecer as pessoas, de nos virarmos de frente e encararmos o outro. Nas noites de Solstício da Lua, ainda temos outro medo: nos vermos no espelho do rosto prateado da mãe da noite...<br /><br />Não nivele por baixo. Não deixe de ter expectativas das sombras do fundo de sua caverna. Não deixe de esperar do outro nada mais do que aquilo que você possa oferecer e, sobretudo, não seja medíocre em seu estilo de vida por uma questão de comodidade. E, como um velho amigo disse, respeite as diferenças. Se a sombra que você viu é menos do que você esperava, ela se deu ao trabalho de adornar o fundo da sua caverna, e algo ela tem de bom, certamente...<br /><br />E, por fim, saia desse maldito fundo de caverna, de quando em vez, e seja uma sombra...</div>D. Mattienttihttp://www.blogger.com/profile/14491059111620133932noreply@blogger.com0